
Popularizados no sistema IRC, eram comumente utilizados em Flood Atacks (ataques de massa pelo envio de mensagens, bem como pela entrada ou saída de uma rede ou canal, ocasionando a queda de uma rede com sistema insuficiente para resistir). Os serviços eram contratados ou desempenhados pelo próprio interessado na ação, seja ele um concorrente, cracker ou até mesmo um curioso disposto a testar técnicas e "vandalizar" espaços virtuais.
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Com o advento das redes sociais, bem como da evolução de sistemas de segurança e criação de contas, o uso de bots passou a se aperfeiçoar. Ainda que coarctados pela experiência adquirida desde então, novas evidências sugerem um mercado subterrâneo milionário - responsável pelo abrupto crescimento de páginas ou pela derrubada de outras por meio de denúncias em massa.

A página TV Revolta noticiou um recente ataque, produzindo provas. Alguns bots chegam a ter quase 5 milhões de seguidores, sugerindo a possibilidade de uma enorme gama de estruturas de manipulação cibernética, tanto por hackings quanto pela produtividade de perfis.





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Conforme relatado pelos administradores de página, há dias em que algumas postagens chegam a receber mais de quatro mil comentários com o mesmo texto ou imagem em poucos segundos.
De acordo com o algoritmo da rede social Facebook, o excesso de denúncias a um post implica o corte de seu alcance, para a preservação tanto da página quanto do bem-estar dos usuários.
Dessa maneira, um detentor de um grande aparato ou "exército" de robôs pode "dominar" a rede, decidindo qual página será excluída, qual postagem será indiretamente censurada, pelo corte de seu alcance, ou qual imagem será excluída pelo excesso de denúncias, aproveitando-se de sistemas automáticos das redes sociais. Tais usos têm causado, sobretudo nos últimos dois meses, grande insegurança no meio político atuante nas redes sociais, com a exclusão de diversas páginas de oposição ao governo.


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Tendo em vista a capacidade de, pelo incômodo, inviabilizar a interação e o funcionamento de páginas, bem como, por denúncias, causar a exclusão e o bloqueio de links, imagens, compartilhamentos de status e mesmo enquetes, os serviços tornaram-se caros e o mercado dominado por máfias de alcance internacional e, em geral, origem produtiva, conforme pesquisas, na Índia, na Turquia e na Nigéria.
Por dentro do "mercado"
Após intensa pesquisa, a equipe Folha Política conseguiu contatar, com exclusividade, um dos mercadores de bots para obter mais informações a respeito deste mundo subterrâneo. O perfil, que utilizava nomes e imagens nitidamente falsos, comunicou que os preços podem ser cobrados por serviço ou por venda.
"Vocês tem que ver o que vocês querem, se é entrar no jogo ou serviço. A gente denuncia, flooda, derruba, levanta, tudo isso que você sabe. O preço varia com a quantidade que você vai querer. A gente pode upar tua página com uns 200 mil seguidores por mil dólares agora, se tu quiser. Só distribui por uma semana para disfarçar, se não embaça com os caras do Facebook"[editado para correções ortográficas], afirmou.
Questionado sobre como censurar, bloquear ou excluir páginas de adversários e se o sistema era eficiente, afirmou: "Mano, o Facebook tem mais de um bilhão de usuários, o bagulho funciona bem e passa batido e suave. A gente já derrubou XXX, XXX, XXX, tudo isso foi nós (sic). Tu acha que eles conseguem analisar cada denúncia? A gente enfia 3 mil denúncias numa página, das milhões que tem, derruba rapidinho, os caras não vão analisar tudo. Se voltar depois, fica pelo menos umas 2 semanas derrubada".
Os ativistas afirmam estar entrando em contato direto com a Polícia Federal para apurar o caso e prevenir o Facebook quanto à burla de seus sistemas de segurança, de modo a garantir a liberdade de expressão e a segurança jurídica quanto a seus meios de comunicação e interação política na internet.
Redação
Folha Política