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Imagem: Reprodução / Veja |
Após pedido para divulgarem os gastos de Rosemary Noronha, 'amiga íntima' de Lula, em cartões corporativos pagos pelo contribuinte, o governo Dilma divulgou apenas alguns valores, sem a especificação dos estabelecimentos em que os gastos foram feitos. Augusto Nunes, da revista Veja, comenta o sigilo sobre os gastos e afirma que a justificativa do governo visa "evitar que a imagem de Lula fique em frangalhos de vez".
Leia abaixo o texto de Augusto Nunes:
A justificativa forjada por Dilma Rousseff para manter em segredo a gastança de Rosemary Noronha com o cartão corporativo do governo é tão cafajeste quanto o restante do escândalo. Segundo a turma homiziada no Palácio do Planalto, a quebra do sigilo que envolve a história colocaria em risco “a segurança da sociedade e do Estado”. Conversa de vigarista, constata o comentário de 1 minuto para o site de VEJA. O que se quer evitar é que a imagem de Lula fique em frangalhos de vez.
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Em parceria com o então presidente, Rose estrelou durante mais de cinco anos uma mistura de chanchada pornopolítica e filme policial de quinta categoria. Desempenhou simultaneamente os papéis de chefe do escritório da Presidência em São Paulo, traficante de influência e segunda-dama. O que a Polícia Federal já sabe foi suficiente para enquadrar a companheiríssima do chefão por corrupção passiva e formação de quadrilha.
É só um cisco na sujeira que cobre o parceiro da cabeça aos pés — e permanece debaixo do tapete federal. Instalada na enorme garçonnière da Avenida Paulista ou infiltrada na comitiva presidencial como passageira clandestina do Aerolula, Rose torrou aqui e no exterior uma bolada de bom tamanho extorquida dos pagadores de impostos, sempre usando o cartão mágico com a sem-cerimônia dos que se acham condenados à perpétua impunidade.
O governo está obrigado a revelar o tamanho da gastança. E o Brasil decente exige a devolução do dinheiro que financiou a farra do casal 171.
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Luciana Camargo
Folha Política
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