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Imagem: Produção Ilustrativa / Folha Política |
A Venezuela está enfrentando uma crise de saúde devastadora, cuja proporção continua sendo negada pelo governo, disse a Human Rights Watch em um relatório publicado hoje.
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"O sistema de saúde pública da Venezuela entrou em colapso, colocando em risco a vida de inúmeros venezuelanos", disse Shannon Doocy, integrante da equipe que viajou para a fronteira Colômbia-Venezuela. "A combinação de um sistema de saúde debilitado com a escassez generalizada de alimentos gerou uma catástrofe humanitária, e só vai piorar se não for tratada com urgência".
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Nos últimos anos, o governo venezuelano buscou suprimir dados sobre a situação epidemiológica do país, em uma aparente tentativa de esconder a extensão da crise de saúde. Em 2015, o Ministério da Saúde parou subitamente de publicar seus relatórios semanais com indicadores relevantes de saúde, embora ainda encaminhe alguns dados à Organização Pan-Americana da Saúde.
Quando a então ministra da Saúde retomou brevemente as publicações em 2017, foi imediatamente demitida. O governo também tem retaliado médicos que manifestaram preocupação com a crise publicamente ou que tentaram compartilhar dados sobre ela.
Os dados disponíveis apontam para um quadro preocupante, com surtos de doenças como o sarampo e a difteria, aumento dos casos de malária e tuberculose, e uma indisponibilidade quase absoluta do tratamento antirretroviral para pessoas com HIV. Níveis crescentes de desnutrição agravam essa crise de saúde, tornando os venezuelanos mais suscetíveis a doenças infecciosas e mais propensos a complicações quando doentes.
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Gazeta Social, com informações da Human Rights Watch