O ministro Marco Aurélio foi voto vencido na discussão, que proibiu o Ministério da Justiça e Segurança Pública de elaborar relatórios sobre os chamados “antifascistas”. A maioria dos ministros considerou que “o mapeamento das posições políticas de determinado grupo ou a identificação de opositores ao governo configura desvio de finalidade”.
Em seu voto, o ministro Marco Aurélio voltou a criticar o uso do Supremo Tribunal Federal por partidos políticos para interferir no governo eleito democraticamente. Marco Aurélio ironizou, questionando e já respondendo, se isso é bom para a democracia e para o Estado Democrático de Direito. A resposta, segundo o ministro, é negativa.
Marco Aurélio ironizou ainda o fato de o partido ter visto violações a direitos fundamentais a partir de matérias da velha imprensa sobre relatórios sigilosos. O ministro disse que a peça se baseia em “capacidade intuitiva a partir do que é estampado em jornais e revistas”. E questionou: “É suficiente?”. E disse: “é muito pouco para respaldar o manuseio, o ajuizamento da ação de descumprimento de preceito fundamental”.