O senador Eduardo Girão, em pronunciamento ao Senado, lamentou a decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal que considerou Moro suspeito e anulou processos contra o ex-presidente Lula. O senador afirmou: “o brasileiro acompanha isso: ministros que depositam o voto, uma semana depois mudam o seu voto pelas circunstâncias. O que a gente está vivendo no Brasil é muito grave. Muito delicada a situação, mas a gente não vai desistir, não”.
O senador apontou que o Supremo Tribunal Federal vem decidindo de forma contrária aos valores da maioria da população, e disse: “e essa maioria vai se manifestar, de forma pacífica, mas vai se manifestar para que haja mudança. E a mudança tem que começar no parlamento. O Senado tem sido omisso, tem sido conivente com isso tudo quando não analisa pedidos de impeachment de alguns desses ministros. Há décadas isso é sistematicamente engavetado de forma monocrática pelo presidente do Senado. A CPI da Lava Toga também é fundamental para o país”.
Girão apontou a importância de propostas como o fim do foro privilegiado e a prisão após condenação em segunda instância, dizendo: “por causa desse foro, é uma impunidade infinita que impera no nosso Brasil, um poder protegendo o outro”. Ele lembrou ainda que há uma petição pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes com cerca de 3 milhões de assinaturas. O senador disse: “mais de 1% da população assinou essa petição. Essas deliberações vão fazer uma limpeza necessária”.