Em pronunciamento ao vivo, o deputado federal Otoni de Paula, aliado do presidente Jair Bolsonaro, confrontou atitude de Toffoli e ministros do STF que votaram por anular delação de Cabral. Otoni asseverou: “Decisão imoral e vergonhosa do STF, com participação direta do envolvido no caso, Dias Toffoli, em simplesmente negar a delação de Sérgio Cabral, ex-governador do Rio. A decisão da Suprema Corte, em causa própria, envolvia possíveis recebimentos de propina por Dias Toffoli”.
Outrossim, o parlamentar salientou: “É vergonhoso o próprio fato de o ministro Dias Toffoli, que era o interessado no julgamento, ele, na maior cara de pau, participar do julgamento, dando voto contrário à investigação dele próprio. É uma falta de ética, uma vergonha, um desprezo ao cidadão brasileiro que paga os salários desses ministros. É discrepante. Quer dizer que alguém quer me investigar e eu decido, através do voto, se ele vai me investigar ou não. Não tem nenhum limite ético, não tem nenhuma vergonha na cara”.
Nesta toada, o congressista advertiu: “Quero chamar a sua atenção: nós vamos ter, agora, a renovação de ⅓ do nosso Senado Federal, que é o único colegiado que pode, constitucionalmente, promover o impeachment de um ministro do STF ou investigar um ministro da Suprema Corte. A próxima eleição para o Senado em seu estado terá esse caráter, essa seriedade: nós precisamos saber em quem votar. Será uma única vaga, não podemos votar em quem tem rabo preso com o STF. Quem tem processos ou participa de algum partido que tem processos na Suprema Corte”.