Em entrevista transmitida ao vivo por meio de suas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro respondeu a um questionamento a respeito de uma frase segundo a qual, se não fossem feitas eleições limpas no Brasil, não ocorreriam eleições.
O chefe de Estado declarou: “Eleições que não sejam limpas não são eleições. Essa bandeira não é defendida apenas por mim. Sempre foi defendida por pelo menos 90% dos parlamentares. Por que, de uma hora para outra, alguns parlamentares mudaram de opinião? Depois de receberem a visita do presidente do TSE e ministro do STF Luís Roberto Barroso”.
Nesta toada, o mandatário questionou as intenções de Barroso: “Depois disso, líderes partidários começaram a trocar membros da comissão especial que analisavam o voto impresso auditável. Depois disso, ele não passa na comissão. Quem é contra eleições limpas e transparentes? Só quem tem interesses escusos nas mesmas. O ministro Barroso deveria ser o primeiro a defender mais uma possibilidade de transparência. Se você tiver a chance de colocar mais uma fechadura na sua porta para dormir em paz, você colocaria, ou deixaria só o chaveamento? Você colocaria mais uma peça de segurança. Geralmente, quem está no governo é que trabalha contra a transparência para garantir uma possível fraude. Eu estou fazendo justamente o contrário”.
Outrossim, Bolsonaro alertou para a situação da Argentina, apontou os efeitos deletérios de “amigos” de Lula e Dilma e o retrocesso apresentado por Cuba e Venezuela. Ademais, ele questionou: “Se, segundo o Datafolha, o Lula tem 49% de intenção de voto no primeiro turno, deveriam apoiar o voto impresso, seria a garantia de que ele iria ganhar. Se não querem, é sinal de que há algo de errado com a pesquisa do Datafolha (...). Pelo poder, o homem, o ser humano, é capaz de tudo. Queremos a garantia da segurança do voto”.