No decorrer do depoimento de Regina Célia Oliveira, fiscal do contrato para compra da Covaxin, na CPI da pandemia, também conhecida como “CPI do Circo”, “CPI da Cortina de Fumaça” e “Tribunal de Renan Calheiros”, o senador Eduardo Girão assestou a ocorrência de atos de abuso de autoridade e agressividade por parte de Renan Calheiros e de outros parlamentares na CPI, além de pressionar pela investigação do Consórcio Nordeste
O senador aferiu: “Esse clima que está hoje aqui tem sido normal. Está até mais equilibrado em relação a outros depoentes: tentando induzir respostas, de uma forma até mais agressiva. Quando a resposta não é exatamente a que o relator, Renan Calheiros, quer ouvir, chegamos ao ponto de colegas mandarem advogados saírem, serem expulsos”.
No ensejo, ele complementou: “O assunto Consórcio Nordeste está no imaginário das pessoas. Teremos votação amanhã. Tivemos o escândalo de 300 respiradores comprados, pagos antecipadamente, e nunca entregues. É um assunto que causa muito incômodo, pois a verdade incomoda. Temos dois ministros de governos anteriores que, de alguma forma, têm relação com esse processo escandaloso. A verdade vai triunfar. Não dá para segurar por muito tempo”.
Ademais, Girão protestou: “Essa CPI toma decisões sem ouvir os próprios membros titulares, como eu. Muitas vezes, sei pela imprensa das decisões que esse grupo fechado toma. Algo um tanto autoritário e até desrespeitoso”.