No transcurso do depoimento de Regina Célia Oliveira, fiscal do contrato para compra da Covaxin, na CPI da pandemia, também conhecida como “CPI do Circo”, “CPI da Cortina de Fumaça” e “Tribunal de Renan Calheiros”, o senador Marcos Rogério destrinchou táticas de Renan Calheiros para distorcer fatos e repetir “notícias falsas” no que tange à atuação do Governo Bolsonaro.
Marcos Rogério argumentou: “Fique tranquila, pois o relator [Renan Calheiros] fica inquieto sempre que fazemos perguntas. Não seria verdade a possibilidade de pagamento antecipado, como querem fazer crer o relator e membros da oposição aqui (...). É possível se autorizar ainda que em desacordo com o contrato? Essa é uma informação absolutamente relevante. O que a oposição está falando aqui o tempo todo, a narrativa é que a fiscal do contrato, o governo teria forçado a importação, ainda que em desacordo com a documentação apresentada. Houve algum recebimento dessa vacina? Não. Por que não? Porque a ANVISA não deferiu. Houve algum pagamento? Não. Houve algum pedido de favorecimento à empresa? Não. Vejam o esforço da oposição para tentar encontrar crime onde, até agora, não se verifica”.
Neste contexto, o parlamentar confrontou Renan Calheiros, relator da Comissão Parlamentar de Inquérito, e enfatizou a desonestidade do “G7” da CPI: “O relator [Renan Calheiros] repetiu, aqui, o maior fake news desta CPI: vacina de 150 dólares a dose. Isso não é verdade. Isso é ‘fake news’. Verifiquei as notas taquigráficas. Nunca houve erro quanto à quantidade de doses. O ‘invoice’ apresenta 300 mil frascos com 10 doses. 150 dividido por 10 é igual a quinze. Depois, a empresa teve que desenhar para os maldosos entenderem. Esses 300 mil frascos correspondiam a 3 milhões de doses. O ministério teve que explicar que meia dúzia é o mesmo que seis. As narrativas não se sustentam diante dos fatos e da verdade”.
Ademais, Marcos Rogério refutou opositores ao presidente Jair Bolsonaro e rememorou fatos deletérios dos governos petistas: “Tenta-se atribuir crime onde não tem crime. Criam até o maior fake news da CPI: vacina ao preço de 150 dólares a dose. Tentam acusar o Governo Bolsonaro de práticas de corrupção. Acusam sem crime. Todo brasileiro sabe do assalto que foi feito a estatais neste país nos governos de Lula e Dilma. Só no BNDES, R$21 bilhões em total desviado. Da Petrobras, R$48 bilhões em quatro anos. A imensa maioria da população brasileira não quer voltar aos tempos de corrupção vividos nos governos mais recentes. Tempos em que corrupção eram desvios de bilhões de reais”
Dessa maneira, o congressista pontificou: “Não como querem fazer crer agora os opositores: corrupção no que são supostas irregularidades em um contrato que não envolve o pagamento de um centavo sequer. O Brasil avançou, e muito, nesse sentido. Mesmo sem ter tido pagamento, mesmo sem ter cometimento de crime, eu defendo todos os dias a apuração”.