Durante o depoimento do tenente-coronel da reserva Helcio Bruno, presidente do Instituto Força Brasil, na CPI da pandemia, o senador Marcos Rogério falou da inutilidade do depoimento para qualquer apuração séria de corrupção na CPI. O senador afirmou que os colegas, em especial o comando da CPI, constroem narrativas contra o governo, mas não conseguem encontrar provas.
O senador apontou que, ao fim dos longos depoimentos, não há nada de concreto a ser apresentado. Marcos Rogério disse: “sobra apenas a narrativa de quem não quer investigar corrupção de verdade”. Nesse ponto, o senador foi interrompido pelo senador Alessandro Vieira, que o atacou e disse que não há necessidade de pagamento para haver o crime de corrupção. Seguiu-se um bate-boca que envolveu ainda a senadora Soraya Thronicke, que não é membro da CPI.
Ao ter a palavra restaurada, o senador Marcos Rogério pediu: “me apresente a prova!”, e pediu aos senadores que apresentem qualquer prova. O senador explicou: “aqui parte-se do pressuposto de que a acusação é verdadeira”. E apontou: “talvez estejam olhando para o governo com o olho nos governos passados”. Ao ser interrompido novamente, desta vez pelo senador Randolfe Rodrigues, o senador observou: “olha o esforço que se faz”. Marcos Rogério prosseguiu: “até agora, não há uma prova sequer da prática de corrupção por parte do governo Bolsonaro. Nenhuma. Não adianta vir interromper minha fala. Prova! Mostra!”.
O senador lembrou ainda que apresentou um conjunto de requerimentos para apurar denúncias de corrupção em diversos locais. O senador apresentou uma série de denúncias, sobre as quais vários senadores apresentaram requerimentos, que não foram sequer levados a votação. E comparou, afirmando que quando a acusação é contra o governo federal, dá-se credibilidade à palavra de qualquer trambiqueiro. O senador concluiu com um apelo: “continuemos a investigar o governo federal, mas sem abrir mão de investigar corrupção de verdade”.