Durante entrevista à velha imprensa, divulgada por suas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro falou sobre sua indicação ao Supremo Tribunal Federal. O indicado do presidente aguarda há meses a marcação de sua sabatina no Senado, obstada pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Davi Alcolumbre.
Bolsonaro disse: “eu não indico para o Supremo, eu indico para o Senado. O senado é que aprova ou não o nome dele”. O presidente afirmou que precisa ter uma relação de uma certa amizade, para “saber como é que vai ser o comportamento dele quando chegar lá”. O presidente disse que sua primeira indicação, o ministro Kássio Nunes Marques, era um nome que não teria dificuldades de passar pelo Senado.
O presidente disse que seu principal interesse é em pautas econômicas e de costumes, e mencionou o julgamento em curso no STF, sobre o marco temporal para demarcação de áreas indígenas. Bolsonaro alertou que, caso o Supremo decida por mudar o marco temporal, “vamos perder e muito. Além da nossa economia, tem a segurança alimentar nossa e de alguns países”.
O presidente relatou algumas dificuldades que surgem da demarcação de terras indígenas, que, em muitos casos, impedem a passagem de estradas e ferrovias, entre outros pontos. Bolsonaro explicou que, quando uma estrada é projetada para contornar uma área indígena, ela custa mais e ainda gera mais despesas consequentes.
O presidente foi interrompido com uma pergunta sobre “chutar o pau da barraca”. Ele disse: “Não vou responder para você. Está dada a resposta.Queriam que eu fizesse algo fora das quatro linhas. Nós temos instrumentos dentro das quatro linhas para conduzir o Brasil. Agora, todo mundo tem que estar dentro das quatro linhas. O jogo é de futebol, não é de basquetebol. Não vou entrar em mais detalhes porque eu quero é.. quanto mais pacificar, melhor”.
Bolsonaro falou ainda sobre o desenvolvimento da economia e o enfrentamento das consequências da pandemia, além de questões como o auxílio Brasil e o desemprego.