Durante sessão da CPI da pandemia, também conhecida como “CPI do Circo”, “CPI da Cortina de Fumaça” e “Tribunal de Renan Calheiros”, que questionava o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, o senador Marcos Rogério questionou a motivação para a convocação do empresário. Marcos Rogério disse: “O empresário Luciano Hang não se socorreu de nenhum remédio constitucional, como Habeas Corpus. Veio e não se recusou a responder nenhuma pergunta. O que vemos aqui hoje é algo triste e lamentável, algo que vem acontecendo aqui reiteradamente. Não é a primeira vez que acontece isso. O senhor vendeu respiradores para o Consórcio Nordeste? Recebeu antecipado e não entregou alguma coisa? Vendeu testes de Covid para o Ministério da Saúde e gerou prejuízos para o ministério? Deu propina para alguém? Participou de algum negócio com o governo nesta pandemia?”
Após o empresário responder que “não”, a todos os questionamentos, Marcos Rogério explicou: “Estou observando a linha de questionamentos desta CPI. Alguém foi buscar que, de 1993 a 2014, o BNDES teria feito operações com a sua empresa. É um dos maiores absurdos que já vi. Alguém invocar esta informação em um ambiente de CPI que investiga pandemia. Trata-se de uma clara perseguição política. Uma espécie de revanche. Tentando criminalizar a ação empresarial por causa das manifestações públicas do empresário. A CPI sequer poderia estar requisitando informações que fogem ao escopo do requerimento aprovado no Senado, o qual define o objeto de investigação da CPI. Vai vendo, Brasil”
O senador expôs as práticas abusivas adotadas por alguns senadores da CPI. Ele disse: “Vai vendo. Estão fazendo uma ‘devassa’ na empresa do senhor Luciano Hang enquanto se negam a investigar empresas que cometeram crimes durante a pandemia. Envolvendo governos do Consórcio Nordeste. Lá, são 9 os estados, inclusive um governado pelo filho do relator desta CPI [Renan Calheiros]. Tivemos operações em pelo menos 23 estados da Federação investigando falcatruas, corrupção… Estes crimes, a CPI não quer investigar. Geraram bilhões de prejuízos e custaram a vida de pessoas do Nordeste, do Norte, do Centro-Oeste, do Sudeste. Isso, não querem investigar. Isso é uma barbaridade, é algo absurdo, desfaçatez, ridículo. Nos governos petistas, o BNDES enviou bilhões para lá fora. Só em Cuba, bilhões que não pagam. O povo brasileiro está pagando”.
Nesta toada, o congressista asseverou: “O nível de bestiali* é tão grande que querem acusar um empresário de ocultar a causa da morte da mãe. Dizem estar preocupados com as vítimas, mas fazem palanque em cima dos caixões”.
A devassa feita na vida do empresário Luciano Hang é um dos exemplos de abuso de poder em que pessoas que expressam suas opiniões e são favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro são vítimas de vários tipos de devassas. Nos inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no STF, foram quebrados sigilos de cidadãos comuns, deputados e até de um senador, para então procurar algum crime, no que é conhecido como “fishing expedition”. Além das quebras de sigilos, várias pessoas foram vítimas de buscas e apreensões. A Folha Política teve todos os seus equipamentos apreendidos, inclusive celulares e tablets dos sócios e filhos. Os dados advindos da devassa promovida pelo ministro Alexandre de Moraes foram compartilhados com outros inquéritos, com o TSE, com CPI e com a velha imprensa.
Atualmente, a renda da Folha Política e de outros sites e canais conservadores está sendo confiscada a mando do ministro Luís Felipe Salomão, do TSE, com apoio e louvor do presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, que é também ministro do STF.
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