Durante entrevista concedida a um repórter da velha imprensa, no Forte dos Andradas, no Guarujá, o presidente lamentou a decadência da velha imprensa. Ao ser questionado sobre uma “matéria” publicada pela Folha de São Paulo, Bolsonaro disse: “eu ler a Folha [de São Paulo]? Tá de brincadeira, que eu vou perder meu tempo lendo a Folha [de São Paulo], né? Com todo o respeito. Folha de SP e Globo: se você não lê, está sem informação. Se lê, está desinformado”.
O presidente lamentou: “perderam a credibilidade, meu Deus do céu. A Folha de São Paulo perdeu a credibilidade. O Estado de São Paulo também”. O presidente lembrou que seu primeiro emprego foi no Estado de São Paulo, e prosseguiu: “e o Estadão transformou-se nisso que está aí. Há muito tempo, você via o editorial do Estadão, você tremia. Dizia: dá aqui, eu quero ler isso aí. Hoje em dia, você bota o Estadão e a Folha de forro de gaiola. Quando tem pardal na gaiola. Se for passarinho de raça, você bota outra coisa”.
O presidente acrescentou: “A imprensa vai perdendo a credibilidade! Isso é ruim, não é para vocês, é para todos nós. Eu queria me orgulhar de falar, olha, o Estado, a Folha, o Globo, vou dar entrevista… e raramente eu falo com vocês’.
O repórter interrompeu o presidente para reclamar de um “episódio de agressão verbal” por um cidadão aleatório. Bolsonaro respondeu: “não vi. Agora, tem umas 100 pessoas aqui. Se alguém fizer algo de errado, o que eu tenho a ver com isso?”. Bolsonaro questionou sobre as agressões que sofre da imprensa, encerrou a entrevista, e foi confraternizar com os cidadãos que o aguardavam.
Enquanto o repórter da velha imprensa quer exigir que o presidente da República se desculpe por críticas feitas por cidadãos comuns, veículos de imprensa conservadores sofrem real perseguição, com censura explícita e confisco de renda. A totalidade da renda da Folha Política, e também de outros canais e sites conservadores, está sendo confiscada a mando do ministro Luís Felipe Salomão, do Tribunal Superior Eleitoral, em uma decisão que recebeu o respaldo do presidente da corte, Luís Roberto Barroso, que é também ministro do STF.
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