Na véspera da sessão que deve votar o relatório de Renan Calheiros na CPI da pandemia, também conhecida como “CPI do Circo”, “CPI da Cortina de Fumaça” e “Tribunal de Renan Calheiros”, o senador Marcos Rogério falou, pelas redes sociais, sobre o relatório paralelo que apresentará.
O senador apontou que o relatório de Calheiros tenta passar à população a ideia de que há um único responsável pela pandemia, o presidente Jair Bolsonaro. O senador Marcos Rogério classificou essa tentativa como um “equívoco, talvez má-fé”.
Marcos Rogério afirmou: “essa CPI foi um grande estelionato político e um grande fake news processual”. O senador explicou que considera um estelionato porque a CPI nasceu com a incumbência de investigar, e não investigou: “o foco foi político, voltado contra o governo federal. Não quis saber o que aconteceu nos estados e municípios”. Marcos Rogério acrescentou: “e também é um fake news processual porque o relator faz acusações e enquadramentos que não têm lastro na verdade, nos fatos, nas evidências. Ele faz acusações graves, sem provas”. Marcos Rogério ironizou: “uma dessas acusações parece piada, mas não é”. O senador disse: “para ele, não foi o vírus, e sim o presidente, o causador da pandemia”.
Enquanto se recusou a investigar indícios de corrupção com os recursos enviados pelo governo federal para os estados e municípios, a CPI não poupou esforços em humilhar pessoas e empresas que manifestaram apoio ao presidente Jair Bolsonaro, além de quebrar sigilos sem qualquer fundamentação, vazar dados sigilosos para a imprensa e ameaçar pessoas de prisão.
O procedimento é o mesmo observado em inquéritos conduzidos em cortes superiores: matérias da velha imprensa atribuem um “rótulo” ou “marca” a um grupo de pessoas, e isso é tido como suficiente para quebras de sigilos, interrogatórios, buscas e apreensões, prisões e confiscos. Após promover uma devassa nas pessoas e empresas, no que é conhecido como “fishing expedition”, os dados são vazados para a velha imprensa, que então promove um assassi* de reputações que dá causa a novas medidas abusivas. Conforme vários senadores já notaram, os procedimentos são, comumente, dirigidos aos veículos de imprensa independentes, em evidente tentativa de eliminar a concorrência, controlar a informação e manipular a população brasileira.
Em um inquérito administrativo no Tribunal Superior Eleitoral, seguindo esse tipo de procedimento, o ministro Luís Felipe Salomão ordenou o confisco da renda de diversas pessoas, sites e canais conservadores, inclusive a Folha Política. A decisão recebeu elogios do ministro Luís Roberto Barroso, do STF, presidente do TSE.
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