Da tribuna da Câmara, o deputado federal Marcel Van Hattem pediu aos deputados que se levantem contra as arbitrariedades e a usurpação de poder praticadas por membros dos tribunais superiores. O deputado falava sobre a “PEC do Lula”, defendendo sua rejeição, quando foi informado de que havia iniciado a cerimônia de diplomação de Lula pelo presidente do TSE, Alexandre de Moraes. O deputado apontou que a cerimônia “coroa um festival de ilegalidades e de inconstitucionalidades vindos do Poder Judiciário”. Van Hattem lembrou a parcialidade demonstrada pelo Judiciário, dizendo: “É um absurdo. Fake news eram apenas aquelas disseminados por um lado. Do outro lado, havia até um Deputado aqui chamado Janones que podia chamar todo mundo de assa***, de fascista, o próprio Presidente da República atual era acossado por esses termos, e nada acontecia”. O deputado lembrou ainda os inquéritos políticos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes e afirmou: “Todo esse processo eleitoral foi eivado de parcialidade, lamentavelmente, da Corte Eleitoral e do Supremo”.
O deputado afirmou que a Câmara dos Deputados precisa ser mais ativa e cumprir seu papel para a restauração do estado de direito: “ela tem que ser maior do que isso, para que jamais voltemos a viver o que estamos vivendo hoje. Isso é surreal, é orwelliano, aliás é kafkiano. O processo de Kafka é o processo eleitoral brasileiro”. Van Hattem lembrou que o estado de direito e a liberdade de expressão não são pautas de um único lado do espectro político, mas questões essenciais da democracia. Ele disse: “É algo que deve unir esta Casa contra esses arroubos e esses abusos em favor do Estado de Direito, da democracia liberal, constitucional e representativa”.
O deputado pediu que cada poder cumpra seu papel: “defendo o Poder Judiciário. Espero que ele fique dentro da Constituição, porque essa é a melhor defesa que eu posso fazer para o Poder Judiciário. A melhor defesa que eu posso fazer para o equilíbrio institucional neste País é que nós coloquemos a bola no meio de campo, e que o Judiciário julgue e não extrapole suas funções, que o Legislativo legisle, fiscalize, não extrapole suas funções e muito menos tenha suas funções diminuídas por outro poder, e que o Executivo execute as políticas públicas para qual foi eleito”.
Van Hattem alertou: “do jeito que está, não dá para continuar”. E concluiu: “É lamentável a situação que nós vivemos hoje. De qualquer forma, desejo boa sorte ao Brasil. Deus abençoe o nosso País”.
A Constituição Federal determina, em seu art. 5º, inciso LIV, que “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”. No entanto, o ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, mandou confiscar, em decisão monocrática em inquérito administrativo, a renda de canais e sites conservadores, como de Bárbara, do canal Te Atualizei, e da Folha Política.
A decisão do ministro, que recebeu o respaldo e o apoio de Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin, confisca toda a renda dos canais, sem qualquer distinção segundo o tipo de conteúdo, o tema, a época de publicação ou qualquer outro critério. Há mais de 17 meses, toda a renda do nosso trabalho é retida sem qualquer justificativa jurídica.
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