Da tribuna da Câmara, deputados se revoltaram com a proposta do ministro de Lula de recriar o imposto sindical com valor três vezes maior do que o imposto que já foi rejeitado pela população.
O deputado Coronel Chrisóstomo sugeriu que se pergunte aos trabalhadores se eles desejam financiar os sindicatos. Ele disse: “Meu Deus do céu, trabalhadores do Brasil com carteira assinada, digam-me uma coisa: vocês querem pagar imposto para sindicato?”. O deputado assinalou que, pela proposta do governo Lula, os sindicatos podem vir a receber cerca de 16 bilhões de reais. Coronel Chrisóstomo disse: “Caramba! Mais de 16 bilhões de reais. Só tirando imposto do trabalhador com carteira assinada! Eu não acredito que os trabalhadores queiram isso!”
O deputado Capitão Alberto Neto, por seu turno, disse: “vivemos num Governo novo mas com ideias velhas. O Ministro Luiz Marinho decidiu que nós tínhamos que retornar com o imposto sindical. E, não bastava só retornar com o imposto sindical, esse imposto tinha que vir três vezes maior. É esse Governo que quer arrecadar e escravizar o trabalhador brasileiro”.
A deputada Adriana Ventura considerou a proposta “vexatória” e afirmou: “o que não dá é para obrigarmos novamente trabalhadores, não dá para os trabalhadores serem forçados ou então enrolados, no meio de uma negociação coletiva, para que isso seja descontado de seu salário. É um completo retrocesso, ainda mais que a reforma trabalhista traz um engessamento que nós não precisamos ter nesse Brasil do futuro que queremos”. A deputada acrescentou: “Então, vemos que isso é um projeto de poder. Fortalecer sindicatos só fortalece o projeto de poder do Governo Lula, por meio de aparelhamento, por meio, de novo, de cargos em Ministérios, em empresas estatais, aqueles velhos amigos e aquelas velhas práticas. Por isso, obrigar o trabalhador a pagar o imposto sindical, não. Não à volta do imposto sindical”.
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