quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

Filha e representante de presos políticos rebate Barroso e atesta: ‘Ministros, vocês já foram longe demais’

A presidente da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de janeiro (ASFAV), Gabriela Ritter, participou da audiência pública na Câmara dos Deputados sobre a morte, no cárcere, de Clériston Pereira da Cunha, preso político do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. 

Ritter apresentou um balanço da situação dos presos políticos no Brasil, apontando: “temos hoje aproximadamente 1.500 presos com tornozeleira, cumprindo medidas abusivas impostas pelo ministro Alexandre de Moraes. Estão sendo impedidos de frequentar cultos, de professar sua fé. Em muitos casos, proibidos de trabalhar. Temos também mais ou menos 400 investigados que saíram da academia da PF, que foram liberados no dia 8 e agora estão sendo intimados pela Polícia Federal. É um abalo para todas essas famílias, que estão sofrendo com essa insegurança jurídica do país. Temos aproximadamente 101 presos em regime fechado no país e 17 exilados, entre jornalistas e presos do dia 8”. 

Deputado Van Hattem propõe paralisar Câmara e Senado até que tirania de Moraes seja enfrentada e faz forte desabafo

O deputado Marcel Van Hattem discursou durante a audiência pública, na Câmara dos Deputados, sobre a morte, no cárcere, de Clériston Pereira da Cunha, preso político do ministro Alexandre de Moraes. O deputado apontou: “há muito a se dizer. Estamos aqui ao lado da família enlutada, que ficará enlutada para sempre, por essa morte causada pelo Estado brasileiro. Clériston não deveria estar na cadeia. Ele não deveria estar na prisão. E, ainda que, por engano, tivesse sido enviado, logo deveria ter sido solto. Com 35 atendimentos médicos registrados em seu prontuário. Com um laudo médico de 11 de janeiro atestando que a condição de comorbidade era anterior à prisão. Nada disso foi suficiente para que o regime ora instalado no Brasil tivesse clemência, tivesse sentimento de humanidade”. 

Tiago Pavinatto anuncia pedido de impeachment de Moraes por 3 crimes: ‘Ou a gente prende o Alexandre de Moraes ou ele prende o Brasil’

O advogado e jornalista Tiago Pavinatto participou da audiência pública na Câmara dos Deputados que debate a morte, no cárcere, de Clériston Pereira da Cunha, o Clezão, preso político do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O advogado mencionou o silêncio de instituições que deveriam estar se manifestando sobre as violações de direitos que se acumulam, e afirmou: “é hora de gritar, é hora de bradar”. 

Ele lembrou que, assim como quem tem fome e sede, “aquele que é injustiçado precisa de justiça agora”. E apontou: “Nenhuma atuação da OAB vai desfazer o descalabro que este país está vivendo”. Pavinatto lamentou que as violações de direitos e de prerrogativas de advogados estejam sendo feitas de forma tão escancarada. Ele disse: “Nós estamos vivendo um momento em que não há decoro”. 

Magno Malta conclama resistência contra a tirania: ‘as canoas foram queimadas e não tem mais volta. Agora é vencer ou vencer’

Durante uma audiência pública realizada na Câmara dos Deputados sobre a morte, no cárcere, de Clériston Pereira da Cunha, preso político do ministro Alexandre de Moraes, o senador Magno Malta se exaltou ao explicar a necessidade de ações efetivas e corajosas para enfrentar a tirania. 

O senador disse: “Tudo o que nós estamos vivendo, ou nós entendamos que não há mais volta, ou entendamos que as canoas foram queimadas, tanto pelas autoridades públicas deste país, e algumas por nós, e que não tem mais volta. Agora é vencer ou vencer”. Ele lembrou: “esse regime começou assim que o sistema percebeu que precisavam de alguém para enfrentar o Bolsonaro ou o bolsonarismo”. 

Desembargador Sebastião se exalta contra Moraes em pronunciamento na Câmara: ‘Ditador sádico e cínico! Tem prazer em abusar das pessoas’

O desembargador aposentado Sebastião Coelho discursou durante a audiência pública na Câmara dos Deputados sobre a morte, no cárcere, de Clériston Pereira da Cunha, preso político do ministro Alexandre de Moraes. O desembargador disse: “a morte do Clezão será um símbolo para a mudança deste país. Eu creio nisso. Ele pagou com a vida, mas não foi uma morte em vão. Jesus pagou com a vida e até hoje estamos reverenciando e cumprindo o que Ele nos ensinou”. 

O desembargador lembrou que, já em novembro de 2022, sugeriu a prisão do ministro Alexandre de Moraes, por tudo o que ele já tinha feito até então, em seus inquéritos políticos. Ele lembrou também que, no fim daquele mês, alertou que o ministro devia ser responsabilizado pela prática de tort****. 

Advogada Carolina Siebra rebate OAB ao se revoltar com tirania de Moraes: ‘Se o Clezão tivesse direito à ampla defesa e ao contraditório, a gente não estava aqui sofrendo a perda dele’

A advogada Carolina Siebra, integrante da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de janeiro (ASFAV), que defende presos políticos, participou da audiência pública que ocorre neste momento na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, convocada para discutir denúncias de violação aos direitos humanos de presos políticos do ministro Alexandre de Moraes, após a morte, no cárcere, do preso político Clériston Pereira da Cunha, o Clezão. 

A advogada respondeu ao vice-presidente da OAB nacional, que havia falado pouco antes e havia dito que a OAB trabalha pelas prerrogativas dos advogados. Siebra fez um duro discurso sobre as responsabilidades de todos os que vêm se omitindo, inclusive a Ordem dos Advogados do Brasil. 

Senador Plínio Valério ‘detona’ Marina Silva: ‘postura arrogante, elitista e discriminatória’, ‘absoluto desprezo pelas condições de vida dos moradores da Amazônia

O senador Plínio Valério relatou, durante sessão do plenário do Senado, o que se revelou na oitiva da ministra de Lula, Marina Silva, na CPI das ONGs que ele conduziu. Ele apontou: “duas semanas atrás, na CPI das ONGs, nós ouvimos a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Ficou no registro da CPI e, portanto, do Senado o absoluto desprezo da Ministra pelas condições de vida dos moradores da Amazônia”.

O senador disse: “A Ministra minimizou, para não dizer que ignorou, o fato de que as ONGs enriquecem enquanto os que deveriam ser por elas assistidos passam por todo tipo de sofrimento. Ela disse que o dinheiro era pouco; defendeu ainda a promiscuidade hoje existente entre os órgãos estatais ligados ao meio ambiente e as ONGs, admitindo que tudo isso continuará, porque ela acha, assim como os outros, normal”.