O deputado federal André Fernandes questionou o ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Jorge Eduardo Naime, durante sessão da CPMI do dia 8 de janeiro. O deputado questionou: “estamos aqui para investigar. O escopo desta CPMI é investigar todos os atos de ação e omissão do dia 8 de janeiro. E eu estou tentando ver onde V. Sa. se enquadra dentro desse escopo. Como se sabe, o senhor não ajudou, não cooperou ou sequer participou dos atos, mas V. Sa. também não é daqueles que estavam servindo água para aqueles que estavam invadindo e depredando patrimônio público”.
O deputado apontou que o depoimento do coronel trouxe pontos importantes, como o fato de que ele estava de folga, e a pessoa que estava no lugar dele e era responsável pela polícia não foi investigada nem punida. Fernandes também assinalou que o coronel não estava sequer sendo informado sobre os fatos, justamente por estar de folga, mas, quando soube, foi até o local enfrentar os invasores.
André Fernandes questionou: “Quem se beneficiou com a saída do coronel Naime de seu posto? Quem está se beneficiando com a prisão do coronel Naime? Cinco meses preso, e até hoje não foi sequer denunciado. Agora, quem estava abaixo, ou quem estava acima… não aconteceu nada”. O deputado apontou estranhas coincidências sobre as pessoas que assumiram os lugares dos que foram acusados, e questionou as escolhas da CPMI, feitas pelos governistas que “tomaram” a comissão.
O deputado disse: “o Brasil fica com a cabeça confusa. Como que alguém que está em luta corporal com vândalo está preso, e quem estava servindo água para vândalo não é investigado? Sequer investigado!”. Ele rebateu narrativas que culpavam apenas a Polícia Militar, e questionou por que os governistas estão tentando esconder informações da comissão e do público.
O deputado pediu desculpas ao depoente pela injustiça que está sofrendo, e afirmou que, juntamente com outros parlamentares, fará um pedido pela revogação de sua prisão.
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