Durante sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, à qual o ministro Flávio Dino se ausentou apesar de ter sido convocado, o deputado Osmar Terra se exaltou com a atitude do ministro e deu uma “aula” sobre o papel do Congresso Nacional e a representatividade dos parlamentares.
O deputado disse: “Nós somos os representantes eleitos para representar o povo. Nós não somos nós aqui, eu não sou o Osmar, o Sargento Fahur não é o Fahur, ele é o representante da população que o elegeu. São milhões e milhões e milhões que nos colocaram aqui”.
Osmar Terra apontou: “qualquer atitude contrária a uma solicitação da Casa, a uma convocação, a um convite, é uma atitude contra o povo brasileiro. Isso aqui é o povo brasileiro representado! (...) Então, é uma agressão à população brasileira, à democracia. Isso é uma agressão à democracia! Dizer que não vem na Comissão de Segurança porque não há segurança, o que é isso? Porque não há garantia de que o pessoal não esteja armado. Quer dizer, ir na Favela da Maré não há problema; mas vir à Comissão de Segurança do Parlamento brasileiro, porque o povo quer ouvir as palavras do Ministro, é problema? Isso é uma atitude antidemocrática grave”.
O deputado se exaltou ao constatar a desmoralização do Congresso Nacional: “Nós estamos enfrentando essa tentativa por parte do Supremo de tirar a prerrogativa do Congresso. Não sei se é proposital ou não, mas estão votando leis que não podem votar, que devem ser votadas por nós. Eles fazem o controle da constitucionalidade das leis. E agora um Ministro do Poder Executivo diz que não respeita a Comissão do Parlamento brasileiro? Isso é um caso gravíssimo! Ele deveria se manifestar, voltar atrás, retratar-se e marcar uma data para vir a esta Comissão. Uma atitude dessa desmoraliza o Presidente da Câmara dos Deputados, o Presidente desta Casa, o Congresso; trata-se de um Ministro que não respeita o Congresso”.
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