terça-feira, 28 de março de 2023

Nikolas Ferreira é insultado enquanto inquire Flávio Dino e sessão termina em tumulto


No decorrer de participação em audiência destinada a inquirir Flávio Dino, ministro da Justiça do Governo Lula, o deputado federal Nikolas Ferreira, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi provocado e insultado por parlamentares de esquerda, os quais geraram um tumulto enquanto o congressista mineiro tentava fazer o seu questionamento.

Após um parlamentar de esquerda afirmar “Vai, chupet***”, Nikolas retrucou: “Se eu faço isso aqui com qualquer deputado, me colocam no Conselho de Ética. Todo mundo aqui é adulto para ver que isso aqui aconteceu. Peço que o senhor tome alguma atitude diante do que aconteceu”. Enquanto o congressista se queixava, esquerdistas prosseguiram o chamando de “chupe***” e afirmando que ele deveria calar a boca. Nikolas retrucou: “Tenho pouca idade, mas a molecagem está aqui atrás”. Nikolas salientou: “Aqui não tem palhaço, não tem circo, essa comissão tem de ser tratada com respeito”.

Posteriormente, Nikolas indagou a Flávio Dino: “É de notório saber, é de conhecimento geral, que aquela área é comandada pelo tráfico. Policiais, como do BOPE, já manifestaram que só entram naquele local com grande aparato de segurança. O senhor entrou lá, simplesmente, com dois carros, e não deu qualquer justificativa (...). O senhor é uma autoridade de segurança pública que está à frente de corporações que devem combater o crime. A minha pergunta é: Quem negociou com o tráfico para que fosse autorizada a sua entrada no Complexo da Maré?”. 

Eduardo, por seu turno, questionou medidas tomadas por Rui Falcão, deputado petista que presidia a sessão, e assinalou: “Isso não é democracia”. Após Flávio Dino anunciar que sairia sem responder ao questionamento de Nikolas, Cabo Gilberto protestou: “O ministro não respondeu nada. Só ficou de chacota”.

As agressões sofridas pelo parlamentar não serão objeto de qualquer tipo de punição. Seus autores não serão incluídos em nenhum inquérito nem sofrerão restrições a suas liberdades ou confisco de seus bens. Já cidadãos conservadores são submetidos a medidas arbitrárias sem previsão legal, em ordens que abrangem grupos inteiros, sem qualquer individualização de condutas nem acesso ao devido processo legal. 

No contexto atual do Brasil, muitas pessoas estão sendo tratadas como sub-cidadãos, pelo simples motivo de terem manifestado apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Por expressarem suas opiniões, são alvo de CPIs, de inquéritos secretos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, ou são vítimas de medidas arbitrárias como prisões políticas, apreensão de bens, censura, e exposição indevida de dados, entre outras. 

No chamado ‘inquérito do fim do mundo’, e nos inquéritos dele decorrentes, já houve: prisões políticas sem que houvesse sequer indiciamento das pessoas presas; imposição de uso de tornozeleira eletrônica e ‘prisão domiciliar’ em endereço diferente de onde as pessoas moravam; quebra de sigilo de parlamentares, inclusive de um senador; quebra de sigilos de pessoas e empresas, inclusive de veículos de imprensa; quebra de sigilos do ajudante de ordens do presidente da República; censura de veículos de imprensa e de parlamentares; bloqueio de redes sociais de jornalistas, veículos de imprensa e parlamentares; buscas e apreensões em empresas, residências, residências de familiares, e gabinetes de parlamentares; proibição de contato entre pessoas, que muitas vezes, nem se conhecem; proibição a parlamentares de concederem entrevistas; intervenções no comando de partido político; prisões em massa; entre outras. 

A renda da Folha Política, assim como de outros canais e sites conservadores, está sendo confiscada a mando do ex-corregedor do TSE, Luís Felipe Salomão, com o apoio e aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. Todos os rendimentos de mais de 20 meses de trabalho do jornal estão sendo retidos sem justificativa jurídica. Se você apoia o trabalho da Folha Política e pode nos ajudar a continuar nosso trabalho, doe qualquer valor à empresa Raposo Fernandes através do Pix, usando o QR Code que está visível na tela, ou com o código ajude@folhapolitica.org. Se preferir transferência ou depósito, a conta da empresa Raposo Fernandes está disponível na descrição deste vídeo e no comentário fixado no topo. 

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