Em pronunciamento no Senado Federal, o senador Rogério Marinho fez severas críticas à conduta do presidente Lula durante viagem à China, mencionando o apoio ao regime ditatorial chinês no que concerne ao conflito com Taiwan, o suporte a atos arbitrários da Rússia, a condescendência com crimes praticados pelo MST e a profusão de platitudes do chefe de Estado no que tange à política internacional.
O parlamentar asseverou: “Foi um festival tão grande de nonsense, de platitudes, que me chamaram a atenção pelo primarismo, pelo viés ideológico enviesado, pela visão opaca, desfocada, do que é a geopolítica do mundo. Pelo voluntarismo, pela improvisação. Por uma visão terceiro mundista que eu imaginava sepultada após a queda do Muro de Berlim. Que nos envergonha, nos coloca em uma posição no mínimo desconfortável em relação ao mundo ocidental”
O senador relatou o choque dos brasileiros com a volta dos favores aos “companheiros”, com o dinheiro dos contribuintes. Ele disse: “Leva uma grande comitiva, incluindo o presidente do MST, dos Sem-Terra, que anunciaram que fariam um ‘abril vermelho’, com invasões de propriedades privadas. Com a complacência do Ministério da Justiça, vem um cidadão como esse anunciar o crime, perpetrar o crime, e não ser impedido. Estamos golpeando um dos valores essenciais da democracia - o direito à propriedade. A nossa sociedade cultua esses valores desde tempos imemoriais”
Rogério Marinho denunciou ainda os perigos na inversão das relações exteriores do País, com sinalização para a submissão a países ditatoriais. O senador disse: “Lula faz uma inversão de conceitos e de lógica que agride o bom senso e constrange quem os ouve (...). O conselheiro de Lula vai à Venezuela com uma agenda secreta. Em seguida, vai à Rússia, conversa com Putin e seus próceres. Como consequência, passa a defender uma posição pró-russa”.
Marinho prosseguiu: “A ação do Presidente da República hoje é muito mais a de um ventríloquo de Putin, que defende uma nova ordem mundial baseada na anexação e na reintegração dos territórios da antiga União Soviética; que reprime sua população; que mantém pedaços expressivos da sua população – dos seus opositores – na cadeia; que impede a liberdade de expressão. Nós não podemos ser cúmplices desse tipo de atitude”.
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