Da tribuna da Câmara, o deputado federal Luiz Philippe de Orléans e Bragança cumprimentou Javier Milei, o vencedor das primárias da Argentina para a eleição presidencial. Luiz Phillippe disse: “muito importante a figura desse Milei, porque ele tem um desafio monumental. Ele tem que combater um Estado que se petrificou ao longo de quase 100 anos”.
O deputado descreveu: “peronismo é uma mistura de socialismo, assistencialismo, sindicalismo, corrupção, alta de inflação, ineficiência estatal, geração de alta pobreza e instabilidade política. Isso é que é o peronismo. E é contra isso que Milei tem que combater. É muito similar ao que nós temos aqui no Brasil. É um Estado petrificado, que faz tudo pra todo mundo, que regulamenta absolutamente tudo, e cria uma perversão do sistema, que somente os grandes conseguem sobreviver. Somente os grandes conseguem sobreviver com alta regulamentação, alta tributação”.
Luiz Philippe de Orléans e Bragança apontou que os modelos como o peronismo se apresentam como “bondades” e disse: “mas a verdade é essa: são modelos que matam a população com bondades. E é isso que o Milei está enfrentando”.
O deputado explicou que esses modelos criam dependências históricas, e é necessário que a população entenda o problema para poder enfrentá-lo. Ele explicou que, em diversas ocorrências, lideranças se propuseram a enfrentar o sistema, mas de forma vaga, sem propostas efetivas para afetar as bases do sistema.
Luiz Philippe apontou que o voto dos argentinos contra o sistema é “um voto de fé, um voto de risco, porque o momento é desesperador, com mais da metade da população da Argentina na pobreza, quando, no início do séc XX, era um dos países mais ricos do mundo”. O deputado disse que a população e o governo que se proponha a enfrentar o sistema devem estar “conectados, visceralmente, pelo coração e pela cabeça. Porque o sistema é muito complexo. Exige, da população, consciência de como desarticular o sistema. E eu digo isso ao povo argentino e ao Milei, e digo isso, também, ao povo brasileiro, porque temos exatamente o mesmo problema aqui no Brasil”.
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