O deputado André Fernandes desabafou e chorou durante audiência pública sobre as Prisões Ilegais do 8 de janeiro, quando falava a familiares e advogados das vítimas das prisões políticas a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O deputado chorou ao admitir a sensação de impotência. Ele disse: “e a gente tem que estar se cuidando para não ser preso. Um deputado federal! Dói, essa sensação de impotência. Não existe respeito, não existe liberdade. O que me conforta é saber que essas pessoas, elas podem fazer o que quiserem aqui na Terra, mas elas não escaparão da Justiça divina. É o que me conforta. E o que eu tenho a dizer aos senhores é que nós vamos continuar lutando”.
Há mais de quatro anos, o ministro Alexandre de Moraes conduz, em segredo de justiça, inquéritos políticos direcionados a seus adversários políticos. Em uma espécie de “parceria” com a velha imprensa, “matérias”, “reportagens” e “relatórios” são admitidos como provas, sem questionamento, substituindo a ação do Ministério Público e substituindo os próprios fatos, e servem como base para medidas abusivas, que incluem prisões políticas, buscas e apreensões, bloqueio de contas, censura de veículos de imprensa, censura de cidadãos e parlamentares, bloqueio de redes sociais, entre muitas outras medidas cautelares inventadas pelo ministro.
O mesmo procedimento de aceitar depoimentos de testemunhas suspeitas e interessadas, e tomar suas palavras como verdadeiras, se repete em diversos inquéritos nas Cortes superiores. Esses depoimentos, “relatórios” e “reportagens”, produzidos por pessoas interessadas, embasam medidas extremas contra conservadores, sem qualquer chance de defesa ou acesso ao devido processo legal.
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