Em transmissão ao vivo pelas redes sociais, o ex-deputado Coronel Tadeu questionou as estranhas coincidências envolvendo câmeras que deixam de funcionar em locais e momentos críticos. O ex-deputado mencionou a fuga de dois presos de um presídio que seria de “segurança máxima” e disse: “as câmeras falharam, teve um monte de coisa que falhou… Aliás, ultimamente… vamos combinar, né? Câmera de segurança foi feita para dar aquele suporte para a área de segurança, para monitorar. Mas tem lugares onde as câmeras não pegam de jeito nenhum. A gente já percebeu. As câmeras não funcionaram no Palácio do Planalto, não funcionaram no Ministério da Justiça, não funcionaram na Câmara, no Senado Federal, no STF… e agora no presídio! Por que será que, nesses lugares, as câmeras não funcionam?”
Coronel Tadeu comentou também a repressão a protestos na Rússia, onde mais de 300 pessoas foram presas em manifestações pela morte do opositor ao governo, Alexei Navalny, e explicou: “isso é uma ditadura. Isso é o comunismo, regime que foi implantado em muitos países no mundo inteiro. E é isso que o PT quer trazer para nós. Lembram-se do Flávio Dino, quando se declarou comunista? Apoiador desse tipo de regime. Apoiador desse tipo de regime que pratica as maiores crueldades da face da Terra”.
No Brasil, mais de 2 mil pessoas foram presas em massa a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com a colaboração do Exército brasileiro, sem o menor respeito a direitos humanos ou ao devido processo legal. Centenas dessas pessoas passaram meses a fio presas, e só foram libertadas com “medidas cautelares” excessivas e arbitrárias, muito piores do que as que são aplicadas a pessoas condenadas por crimes graves. Milhares de famílias continuam sofrendo com as restrições a suas liberdades e seus patrimônios. Tudo sob o olhar complacente do Senado Federal.
Enquanto cidadãos comuns ficam sujeitos a medidas abusivas, autoridades do governo Lula envolvidas nos fatos do dia 8 de janeiro seguem livres, leves e soltas. O general G. Dias, por exemplo, era o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, era responsável pela segurança do palácio do Planalto, e foi filmado no interior do palácio, interagindo com os invasores. Até o momento, o general G. Dias não foi preso, não teve seu passaporte apreendido, nem suas contas bloqueadas, nem seus bens ou sua renda apreendidos. Essas “medidas cautelares” são reservadas a conservadores, que podem sofrer qualquer uma, ou várias, delas sem qualquer indício de crime, sem direito à defesa, nem acesso ao devido processo legal. Quando aplicadas a conservadores, as “medidas cautelares” podem perdurar pelo tempo que desejar o senhor ministro que determina sua aplicação, ainda que as pessoas não tenham foro privilegiado e não estejam, portanto, sujeitas à jurisdição das cortes superiores.
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e pessoas que apenas têm um discurso diferente do imposto pelo cartel midiático vêm sendo perseguidos, em especial pelo Judiciário. Além dos inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, também o ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, criou seu próprio inquérito administrativo, e ordenou o confisco da renda de sites e canais conservadores, como a Folha Política. Toda a receita de mais de 31 meses do nosso trabalho está bloqueada por ordem do TSE, com aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. O inquérito já está no quarto relator, o ministro Raul Araújo, e famílias e empresas seguem sofrendo, dia após dia.
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