Em pronunciamento ao vivo pelas redes sociais, o deputado federal Maurício Marcon explicou como a decisão do Supremo Tribunal Federal, tomada após a Câmara dos Deputados sustar a ação penal contra Bolsonaro e seu entorno, acabou por desmascarar as narrativas utilizadas pelo tribunal, expondo todo o absurdo dos processos políticos ali conduzidos para perseguir a oposição.
Maurício Marcon mostrou que, para atropelar a decisão da Câmara e dar continuidade ao processo contra o deputado Delegado Ramagem - e, por consequência, contra todos os outros alvos, que não têm foro privilegiado -, o Supremo Tribunal Federal promoveu uma separação entre os tipos de crimes que ocorreram antes e depois da diplomação de Ramagem. Segundo a decisão, após a diplomação, só seriam aplicáveis os crimes de dano e de deterioração do patrimônio tombado. O deputado prosseguiu explicando que, segundo a decisão, os crimes de golpe de estado, tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito e ação criminosa armada teriam ocorrido antes de dezembro de 2022 (quando houve a diplomação).
Marcon disse: “Sabem a Débora do Batom? E todos os que foram processados? Todos que foram processados, inclusive a Débora do Batom, foram processados pelos cinco crimes - tentativa de abolição violenta do estado, golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio. Só que agora, com essa decisão sobre o Ramagem, o que o Supremo disse? Que antes do dia 8 de janeiro, ou seja, quando o Ramagem ainda não era deputado, as três que poderiam ser julgadas são: tentativa, organização criminosa e golpe de Estado. Aí eu pergunto pra vocês: a Débora do Batom, dentre outros, ela está sendo condenada pelos cinco crimes. Só que só há provas, contra Débora do Batom, só há provas do ‘dano’ ao patrimônio. Qual é a prova que o Supremo tem, por exemplo, contra a Débora ou contra qualquer um dos que foram condenados pelos outros três crimes? Tem algum e-mail da Débora fazendo organização criminosa? Tem algum e-mail, uma troca de mensagens da Débora querendo derrubar o Estado Democrático de Direito? Não tem nada. Então, o Supremo, que já se perdeu faz tempo nas mentiras que ele mesmo contou, ele, com esta decisão do Ramagem, ele ratificou que o que ele está fazendo é criminoso. Eles inventaram crimes e agora eles tiveram que desmembrar estes crimes para não suspender toda a ação”. O deputado mostrou o absurdo que ficou evidente e disse: “Ou seja, eles se perderam, já, na jogada. É um negócio insustentável. O que eles estão fazendo? (...) qualquer um que olhe isso aqui diz: ‘É uma loucura. Não faz sentido nenhum. Acho que é uma insanidade’”.
Maurício Marcon explicou as possíveis reações que a Câmara dos Deputados pode tomar após a decisão do Supremo: “A primeira ação que a Câmara pode ter é a implementação da CPI, que já está protocolada, ainda no ano passado, do abuso de autoridade, para que nós consigamos dar luz a esses absurdos cometidos pelo Supremo Tribunal Federal. Mas a segunda coisa que a Câmara pode fazer. que teria uma solução, eu diria imediata, nesse absurdo que a gente vive hoje, de achincalhamento da Câmara dos Deputados, eleita pelo voto popular, seria o presidente Hugo Motta colocar em votação um projeto que acaba com o foro privilegiado”.
Marcon ponderou: “todo deputado sabia que ia chegar no Supremo e eles iam cometer esse crime de dizer que a Câmara não manda em nada. Eu não sei qual é o plano do Hugo Motta, mas tenho certeza que o Centrão não fez isso sem saber qual vai ser a reação. Haverá uma reação. Eu acho que dentro desses dois focos aqui. Qual vai ser? Não sei, mas vai ter, porque o Centrão também tá de saco cheio com as arbitrariedades do Supremo Tribunal Federal. O que é bom. É bom que eles briguem, porque sozinhos a gente não consegue nada”.
O deputado resumiu: “o Supremo Tribunal se perdeu completamente, é insustentável o que eles estão fazendo. E esse julgamento que eles estão fazendo, certamente, sem individualizar penas, sem individualizar culpa, é uma barbárie sem precedentes”.
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