O jornal americano Wall Street Journal publicou, em um mesmo dia, duas matérias relativas ao caso do ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, Filipe Martins. Filipe Martins foi preso a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com base em uma notícia falsa publicada pelo jornalista Guilherme Amado, que afirmava que Martins teria ido aos Estados Unidos e seu paradeiro seria desconhecido desde então. Quando foi apontado que a matéria não tinha nenhuma conexão com fatos reais, surgiu um registro de entrada de Martins nos Estados Unidos que, embora não tivesse qualquer valor legal, foi utilizado para mantê-lo preso. Posteriormente, ficou comprovado que o próprio registro de entrada foi fraudado.
O editorial do Wall Street Journal citou o caso de Filipe Martins, explicado em mais detalhes em uma matéria da jornalista Mary Anastasia O’Grady, e questionou a Secretária de Segurança Interna do governo Trump, Kristi Noem, apontando: “A secretária de Segurança Interna (DHS) dos Estados Unidos, Kristi Noem, prometeu em janeiro fazer uma faxina na Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP). Seis meses depois, ela ainda não explicou o mistério dos registros de viagem falsos no posto do CBP em Orlando”.
O jornal aponta que não apenas não parece haver esforços para solucionar o caso e responsabilizar o funcionário que falsificou o registro, mas há ainda um esforço ativo para proteger essa pessoa, pois seus dados não foram fornecidos aos advogados de defesa de Filipe Martins. O texto enfatiza: “Martins deveria estar em liberdade enquanto prepara sua defesa. No entanto, nem Kristi Noem nem o secretário de Estado Marco Rubio se pronunciaram sobre o que pode haver de podre em Orlando. Advogados do governo americano estão obstruindo o trabalho da equipe jurídica de Martins. O problema vai além do caso individual: a falsificação de dados de viagem compromete a segurança nacional dos Estados Unidos”.
A matéria da jornalista Mary Anastasia O’Grady, por seu turno, detalha os abusos cometidos contra Filipe Martins e reforça que, depois que o registro fraudulento foi apagado, ele voltou a ser inserido no sistema americano. A jornalista pergunta: “o que é pior? O crime ou o seu acobertamento?”.
O deputado Marcel Van Hattem, em transmissão ao vivo com o deputado Tenente-Coronel Zucco, comentou o caso e disse: “O EDITORIAL do Wall Street Journal, um dos mais renomados jornais americanos, também trata neste instante do caso de Filipe Martins e cobra o governo Trump por uma investigação profunda sobre a fraude no registro de entrada de Filipe nos EUA, ocorrido durante o governo Biden. É realmente um escândalo que tenha ocorrido um registro falso na imigração americano, e outro, maior ainda, que esta fraude tenha sido utilizada para manter um inocente preso no Brasil.Que Justiça seja feita, nos EUA e no Brasil, e que Filipe Martins livre-se logo de todas as restrições ilegais que Alexandre de Moraes lhe impôs, inclusive o equivalente à prisão domiciliar, sem condenação e sem motivo, que ele enfrenta hoje”.
O deputado Sanderson, por seu turno, apontou que, em algum momento, a Justiça americana terá todas as provas sobre a falsificação e disse: “aí não será só o caso do impeachment de Alexandre de Moraes e de Lula. É caso de prisão dessa gente. Isso é gravíssimo. Isso aí é a modificação de um cenário que possibilitou tudo isso que nós estamos passando: Quanta gente sofrendo, a quantidade de gente que ainda está presa! O próprio Bolsonaro sofrendo perseguições, ou melhor, sofrendo uma caçada nunca vista na história do Brasil. Então agora chegou a vez do povo brasileiro”.
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