Em vídeo divulgado pelas redes sociais, o deputado federal Maurício Marcon denunciou a estratégia do governo federal para impedir as investigações sobre os atos do dia 8 de janeiro. O requerimento de CPMI já tem mais assinaturas do que o necessário há várias semanas, mas o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, vinha se recusando a marcar uma sessão do Congresso, necessária para a instalação da CPMI.
O deputado afirmou que há uma grande possibilidade de que o governo Lula consiga impedir a instalação da CPMI. Marcon explicou que há líderes partidários pressionando parlamentares, oferecendo cargos e emendas parlamentares, e que há uma combinação para que muitos parlamentares retirem suas assinaturas em bloco, horas antes do dia 18, na esperança de dissipar o desgaste político que terão. O deputado explicou ainda que há partidos promovendo a substituição de deputados suplentes pelos titulares, que atualmente ocupam cargos no governo, para que as assinaturas dos suplentes percam a validade.
Marcon afirmou: “o governo fez uma grande força para que não acontecesse a CPMI, provavelmente porque descobriríamos coisas que eles não querem que sejam descobertas. Então, o Brasil seguirá na mentira”. O deputado afirmou acreditar que a única coisa que os parlamentares de direita podem fazer é divulgar os nomes dos parlamentares que retirarem as assinaturas. Ele disse: “o que a gente pode fazer é dar os nomes dos parlamentares que, eventualmente, se venderam para o Lula”.
O deputado André Fernandes, por sua vez, gravou vídeos com os nomes dos deputados de cada estado que não assinaram o pedido de CPMI. Ele disse: “Nos bastidores já fizemos o que tínhamos de fazer. Foram 192 deputados e 37 senadores, mesmo com o governo jogando pesado contra! Uma queda de braço desleal. Agora acredito que resta apenas a força do povo, a cobrança individual. É seu direito! A CPMI do 08/01 precisa acontecer!”.
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