No decorrer de sua participação na CPI do MST, o governador Ronaldo Caiado denunciou as raízes comunistas do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra e enfatizou que tal classificação fora realizada pelo Papa João Paulo II. Em meio a um bate-boca e a tentativas de interromper a sua fala, o político goiano salientou o caráter retrógrado e ilegal das invasões de terras, bem como a instrumentalização de pessoas ignorantes como massa de manobra política da esquerda.
Sâmia Bomfim e Talíria Petrone, do PSOL, gritaram e discutiram com parlamentares de direita, sendo confrontadas pelo Tenente-Coronel Zucco, presidente da CPI, o qual indeferiu requerimentos e sugeriu que recorressem a Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados. Neste contexto, Sâmia provocou Zucco com um tom ameaçador e declarou: “Depois, ele não sabe por que a PGR está atrás dele”.
Caiado assinalou: “O MST não nasceu por acaso. Sou médico, sou católico. Vamos falar da origem do movimento. Desde 1965, há uma linha de raciocínio da Teologia da Libertação. Teses marxistas como se fossem algo social. O Vaticano puniu Leonardo Boff com o silêncio obsequioso. Foi uma decisão de João Paulo II. O Papa era da Polônia, ele viveu a truculência do Comunismo, viu as maiores atrocidades acontecerem com o seu povo”.
Nesta toada, o governador frisou: “O MST decidia quais propriedades deveriam ser invadidas. Criamos a UDR - União Democrática Ruralista. Solicitamos a origem do dinheiro do MST. Nunca teve origem. O dinheiro brotava e o MST tinha cada vez mais estrutura para se armar e invadir propriedades pelo país (...). A tese [do MST] foi usada, em um primeiro momento, para implantar um sistema, uma doutrina marxista no Brasil. Essa é a verdade nua e crua. Quem disse isso foi o Papa João Paulo II. Eu não sou o autor dessa tese. Se querem criticar, critiquem o Papa. Desde então, houve uma doutrinação de jovens para que fossem levados a outros estados para alavancar a ideia de que não se podia respeitar as leis, a escritura, as definições de propriedade privada, e eles poderiam, diante de qualquer tipo de argumento, invadir”.
Ademais, ele realçou: “Nós vivemos em uma democracia. É inaceitável que queiram impor suas vontades acima do que a lei determina como parâmetro de convivência entre nós, cidadãos brasileiros. Tentam desqualificar o produtor rural. Satanizar, demonizar o produtor rural (...). O MST perdeu o sentido. A sociedade acordou”.
Dessa forma, Caiado retrucou a demagogia da esquerda: “É uma falsidade, uma mentira, usam o cidadão como massa de manobra, essa tentativa de querer se rotular defensor de pobre. Defensor de pobre é quem usa a estrutura do governo para dar segurança, dignidade, educação de qualidade, condições sociais para eles poderem viver e ter salários dignos”.
A Constituição Federal determina, em seu art. 5º, inciso LIV, que “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”. No entanto, o ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, mandou confiscar, em decisão monocrática em inquérito administrativo, a renda de canais e sites conservadores, como de Bárbara, do canal Te Atualizei, e da Folha Política.
A decisão do ministro, que recebeu o respaldo e o apoio de Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin, confisca toda a renda dos canais, sem qualquer distinção segundo o tipo de conteúdo, o tema, a época de publicação ou qualquer outro critério. Toda a renda de mais de 22 meses de nosso trabalho é retida sem qualquer justificativa jurídica.
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