Em pronunciamento na CPMI do 8 de Janeiro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, fez um intenso desabafo a respeito de ações de Alexandre de Moraes, ministro do STF e presidente do TSE, destacando o que entende como uma operação de “devassa” e “fishing expedition”, além de salientar que Moraes estaria monitorando a rotina de Jair Bolsonaro desde 2021.
O parlamentar esmiuçou: “Desde 2021, Alexandre de Moraes monitora não o Coronel Cid – obviamente, ele não é o alvo, o objetivo disso tudo –, mas sim a rotina do Presidente Jair Bolsonaro. E causa estranheza, porque parece que querem palmas para esse tipo de devassa”.
Dessa forma, Eduardo destacou possíveis intenções escusas em operação de busca e apreensão contra Cid: “O Senador Girão falou muito bem aqui, anteriormente, sobre o fishing expedition, essa coisa de você jogar a rede, quebra o sigilo de todo mundo e depois você começa a pegar o que é que te interessa para formar a sua narrativa”.
Ademais, Eduardo proferiu severas críticas contra o modus operandi da velha imprensa, que manipularia e deturparia informações com o intuito de detratar seus inimigos políticos: “Não foi por acaso que, após essa megaoperação da Polícia Federal, para pegar cartão de vacina do Presidente e seus assessores, começaram a vir notícias. Olha aqui: ‘Coronel Cid manda dinheiro para o exterior’. A gente já está tão acostumado, que eu leio essa notícia e já consigo até pescar a intenção do jornalista. Como eu vi ali que não tinha valor, eu falei: "Deve ser um valor irrisório". Porque, se fosse um montante alto, eles diriam quanto é que era o valor, e se esquecem de dizer que o Cid tem uma filha estudando nos Estados Unidos. Qual o pai que não vai mandar dinheiro para a filha que está estudando no exterior?”.
O congressista rememorou, ainda, sua declaração quanto “um cabo e um soldado” que seriam aptos a fechar o STF, mencionou o risco de censura à Jovem Pan e relembrou declaração de Wadih Damous a respeito do STF. Eduardo Bolsonaro defendeu, ainda, o jornalista Pavinatto, haja vista processo movido contra ele por declarações a respeito do ministro Flávio Dino.
Nesta toada, Eduardo Bolsonaro criticou as relações de Lula com ditaduras, além de ressaltar a necessidade de colocar fim à perseguição política empreendida por setores do Estado contra a direita e o conservadorismo, assim como planos para tornar Jair Bolsonaro inelegível.
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