No decurso do depoimento do Sargento Luis Marcos dos Reis à CPMI do 8 de Janeiro, o deputado federal Maurício Marcon entrou em confronto com Arthur Maia, presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, ao proferir severas críticas à condução dos trabalhos. Apontando a falta de pertinência do depoimento e a ausência de relação com o escopo da comissão, Marcon acusou, ainda, a senadora Eliziane Gama, relatora da Comissão, de agir sob as ordens de Flávio Dino.
Para o deputado, a CPMI estaria se transformando em uma pizza diante do deboche de Flávio Dino e do desvio de foco promovido por lulistas. O parlamentar explanou: “A gente tem G. Dias soltinho da silva, Flávio Dino, que não entrega as imagens, e, Presidente, eu vou alertá-lo: o senhor vai ser o pizzaiolo dessa pizza que está sendo gestada nesta CPMI. O seu nome, Presidente, vai entrar para história como alguém que foi o pizzaiolo de uma pizza aqui, na CPMI – o senhor –, porque o senhor tem poder para mandar busca e apreensão no Ministério da Justiça e termos acesso às imagens que esta CPMI, de forma democrática, aprovou”.
Dessa forma, ele prosseguiu: “Há mais de um mês, esta CPMI aprovou o requerimento – ou eu estou mentindo? Não estou, não é, Presidente? – para que as imagens fossem dadas a esta CPMI. Por que é que não estão aqui? Será que é porque vão mostrar que a Força Nacional estava ao lado do Ministério da Justiça e Flávio Dino chegou muito antes – do que ele falou – ao Ministério da Justiça, e nada fez?”.
Nesta toada, Maurício Marcon expôs a estratégia de Flávio Dino: “Sabe qual que é a estratégia, colega Marcel? Postergar ao máximo possível a entrega, para a CPMI acabar, e a beldade do Sr. Ministro da Justiça dizer: "Oh, agora eu iria entregar. Acabou a CPMI. Que pena". E nós, aqui, junto com o povo brasileiro, com cara de palhaço. E o senhor vai ser o pizzaiolo, porque a Relatora, que do seu lado está, que deveria estar preocupada em fazer um relatório imparcial dos atos do dia 8, não vi nenhuma manifestação dela, até agora, pelo descumprimento do requerimento aprovado nesta Casa. Estranho, não é?”.
Desse modo, o parlamentar advertiu Arthur Maia: “Tem que ser muito tanso, como se diz lá no Rio Grande, para acreditar que quem vai fazer o relatório é a Senadora Eliziane Gama. Vem pronto, Brasil, pronto, do ministro que não quer entregar as imagens [Flávio Dino]. Essa é a verdade. Sr. Presidente, infelizmente... Olha, gosto do senhor, aprendi a gostar muito, mas o senhor está fazendo um papel triste para a sua reputação, porque o senhor está deixando esta CPMI virar uma palhaçada”.
Em seguida, Arthur Maia alegou estar sendo injustiçado por Marcon e afirmou que iria colocar todos os requerimentos em votação, dando origem a uma discussão entre os parlamentares. Maia salientou que, em sua perspectiva, está contribuindo para resguardar a CPMI: “(...) Vou estar certo de que cumpri o meu papel, me esforçando ao máximo para que tivéssemos aqui a exposição da pluralidade das provas, tanto de depoimentos como de requerimentos de informações”. Posteriormente, o senador Flávio Bolsonaro, o deputado federal Abílio Brunini e o deputado federal Marcel van Hattem fizeram declarações de desagravo, acalmando os ânimos, e o deputado Marcon enfatizou que foi mal interpretado por Maia.
Enquanto a CPMI ouve depoimentos sem qualquer relação com os atos de 8 de janeiro e tenta construir narrativas que prejudiquem, por quaisquer meios, o ex-presidente Jair Bolsonaro, milhares de pessoas sofrem restrições a suas liberdades e seus patrimônios, em “medidas cautelares” sem previsão legal. Mais de 2 mil pessoas foram presas em massa a mando do ministro Alexandre de Moraes, por estarem em local próximo aos fatos do dia 8 de janeiro.
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e pessoas que apenas têm um discurso diferente do imposto pelo cartel midiático vêm sendo perseguidos, em especial pelo Judiciário. Além dos inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, também o ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, criou seu próprio inquérito administrativo, e ordenou o confisco da renda de sites e canais conservadores, como Bárbara, do canal Te Atualizei, e a Folha Política. Toda a receita de mais de 25 meses do nosso trabalho está bloqueada por ordem do TSE, com aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin.
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