O senador Eduardo Girão, em entrevista à TV Senado, falou sobre o andamento da CPMI do dia 8 de janeiro e fez duras críticas à atuação dos governistas, que atuam para blindar o governo Lula e promover a perseguição política à oposição. O senador disse: “está muito claro que nós, da oposição, queremos investigar tudo. O Anderson Torres, ex-ministro do governo anterior, secretário de segurança do DF no dia 8, foi uma convocação nossa. Um requerimento meu. Então, quem não deve, não teme. Nós estamos chamando. O governo já não faz a mesma coisa. O procedimento é outro, é blindar os poderosos”.
O senador reconheceu que a Comissão está sendo humilhada pelo ministro de Lula, Flávio Dino. Ele disse: “Você vê, o ministro Dino está fazendo essa Casa de gato e sapato. Uma decisão aprovada por unanimidade pela CPMI para que as imagens do ministério da Justiça no dia 8 chegassem aqui para a gente analisar, e ele se nega, não entrega as imagens. Ainda não entregou, mesmo depois do prazo de 48h. Por que estão ganhando tempo em relação a isso?”.
O senador lembrou que o próprio Senado também ainda não entregou as imagens e relatou: “tem imagens sendo vazadas, mostrando que as pessoas, algumas delas, entraram e oraram, recolheram coisa do chão”. Girão perguntou: “Essas vão ser condenadas, responsabilizadas da mesma forma que quem quebrou? É essa Justiça que a gente quer para o nosso país?”.
Eduardo Girão prosseguiu questionando a recusa do ministro de Lula, Flávio Dino, em entregar as imagens e perguntou o que ele estaria tentando esconder. Ele lembrou que a Força de Segurança Nacional só chegou ao local às 16h28, e disse: “ela não teria evitado a quebradeira? Que estão usando de narrativa para perseguir adversários, querendo se dizer vítima? Que vítima é essa que não quer investigar? Omissão, incompetência ou conivência do governo Lula?”.
O senador disse: “A justiça tem que ser para todos, e o que a gente percebe é uma justiça seletiva. Aliás, é uma democracia relativa, que o presidente da República diz. Direitos humanos, só para alguns, para os outros não. Nem visitaram ainda os presos, na Papuda, na Colmeia. Deixaram o autista preso até agora, mais de seis meses. Deixaram pai e mãe com filhos pequenos presos, enquanto traficante ganha liberdade rápido, corruptos são soltos no Brasil. É esse o país que a gente quer para os nossos filhos e netos?”.
Enquanto cidadãos comuns estão presos há 7 meses ou têm suas liberdades e patrimônios restringidos, autoridades do governo Lula não sofrem sequer investigação. Até o momento, o general G. Dias não foi preso, não teve seu passaporte apreendido, nem suas contas bloqueadas, nem seus bens ou sua renda apreendidos. Essas “medidas cautelares” são reservadas a conservadores, que podem sofrer qualquer uma, ou várias, delas sem qualquer indício de crime, sem direito à defesa, nem acesso ao devido processo legal. Quando aplicadas a conservadores, as “medidas cautelares” podem perdurar pelo tempo que desejar o senhor ministro que determina sua aplicação, ainda que as pessoas não tenham foro privilegiado e não estejam, portanto, sujeitas à jurisdição das cortes superiores.
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e pessoas que apenas têm um discurso diferente do imposto pelo cartel midiático vêm sendo perseguidos, em especial pelo Judiciário. Além dos inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, também o ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, criou seu próprio inquérito administrativo, e ordenou o confisco da renda de sites e canais conservadores, como Bárbara, do canal Te Atualizei, e a Folha Política. Toda a receita de mais de 25 meses do nosso trabalho está bloqueada por ordem do TSE, com aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin.
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