Durante sessão da CPMI que deveria investigar os atos do dia 8 de janeiro, o deputado federal Mauricio Marcon comparou os tratamentos dados a personagens daqueles eventos, comparando o ministro Flávio Dino, o general Gonçalves Dias, que prestava depoimento, e o coronel Naime, da Polícia Militar do Distrito Federal.
O deputado iniciou apontando que a CPMI, apesar de ter sido “tomada” pelo governo, cumpriu uma função ao expor os atos de pessoas como Dino e o “general do Lula”. Marcon disse: “Acho que esta CPMI já serviu bastante, Sr. Presidente, inclusive, quando o Dino destrói as imagens para não enviar, debochando desta Casa e achando que aqui todo mundo é idiota para achar que as imagens foram apagadas. Eu acho que fica muito claro que ele assina sua culpa no cartório”.
Mauricio Marcon afirmou: “Eu sei que o senhor não quer e não vai pedir um mandado de busca e apreensão, porque inclusive as imagens foram apagadas, mas o que mais chama a atenção é que, nessa palhaçada que Dino fez, algumas imagens – cinco câmeras – parece que chegaram. Aquelas, estava tranquilo, sendo que é a mesma empresa, mas as que nos interessam para mostrar a prevaricação dele, essas não apareceram. Então, a gente vai estar estudando para pedir também a prisão de Flávio Dino, junto à PGR, por omissão e obstrução da Justiça. E tenho certeza de que essa Presidência, que foi achincalhada pelo que Flávio Dino fez, vai concordar conosco nesse pedido”.
O deputado questionou o depoente: “O senhor acha que quem destrói provas deve ser preso por obstrução da Justiça?”. Marcon afirmou: “O Dino destruiu provas, ao contrário do senhor, que não destruiu provas. O senhor entregou provas. Não é? O senhor está concordando, inclusive.O senhor acha... Então, se ele realmente destruiu provas para incriminá-lo, ele deve ser preso, na sua opinião? Flávio Dino deve ser preso, responsabilizado, por ter destruído e rido da cara destes Parlamentares que aqui estão, General G. Dias?”.
O deputado acrescentou: “eu acho que todo brasileiro de bem, que tem dois neurônios funcionando, sabe que Flávio Dino destruiu as provas. Isso ficou muito claro. Então, eu acho que não tem muito mais o que a gente esperar para pedir a prisão de Flávio Dino por ter destruído as provas”.
Maurício Marcon disse: “eu estava entre a incompetência e a omissão, eu acho que o senhor, então, tem que... Eu endosso o pedido da oposição: o senhor tem que responder pelos seus crimes de omissão, prevaricação e obstrução da Justiça. E eu assinei o seu pedido também de prisão, porque eu acho injusto que, por exemplo, o Coronel Naime, que estava aqui brigando, esteja preso até hoje... Ele estava de férias, veio até aqui, está preso até hoje, foi ferido, está preso por omissão, e o senhor está livre, mesmo tendo mentido. (...) Então, o senhor fraudou, pediu para fraudar também documentos... Então, eu acho que nada mais justo que a lei valer pra todos. Se um coronel está preso, o senhor tem que estar preso também!”.
Após prestar seu depoimento, o “general do Lula” foi para sua casa, livre como sempre esteve, enquanto duas mil pessoas foram presas em massa a mando do ministro Alexandre de Moraes. Centenas dessas pessoas passaram mais de seis meses presas, sem individualização de condutas nem acesso ao devido processo legal. Essas pessoas estão sujeitas a “medidas cautelares” sem paralelo no ordenamento jurídico brasileiro, mesmo sem apresentação de provas de que tenham cometido qualquer crime.
Muitos brasileiros estão vivendo sob o jugo de uma ditadura, em que seus direitos e garantias fundamentais estão sendo desrespeitados. O país tem presos políticos e pessoas, jornais e sites censurados. A renda da Folha Política, e também de outros canais e sites conservadores, está sendo confiscada a mando do ministro Luís Felipe Salomão, ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, em uma decisão que recebeu o respaldo dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. Toda a renda de 26 meses do nosso trabalho é retida sem qualquer justificativa jurídica.
Anteriormente, a sede da Folha Política foi invadida e todos os equipamentos do jornal foram apreendidos, a mando do ministro Alexandre de Moraes, em inquérito que foi arquivado por falta de indícios de crime.
Se você apoia o trabalho da Folha Política, que há 10 anos mostra os fatos da política brasileira, e pode ajudar o jornal a permanecer em funcionamento, doe qualquer valor através do Pix, usando o QR Code que aparece na tela ou o código ajude@folhapolitica.org. Caso não utilize PIX, há a opção de transferência bancária para a conta da empresa Raposo Fernandes disponível na descrição deste vídeo e no comentário fixado no topo.
Há 10 anos, a Folha Política vem enfrentando a espiral do silêncio imposta pelo cartel midiático que quer controlar a informação. Pix: ajude@folhapolitica.org
Toda a renda gerada pelo nosso jornal desde 1º de julho de 2021 está bloqueada por ordem do TSE. Ajude a Folha Política a continuar o seu trabalho. Doe por meio do PIX: ajude@folhapolitica.org
Depósitos / Transferências (Conta Bancária):
Banco Inter (077)
Agência: 0001
Conta: 10134774-0
Raposo Fernandes Marketing Digital LTDA (Administradora da Folha Política)
CNPJ 20.010.215/0001-09
-
Banco Itaú (341)
Agência: 1571
Conta: 10911-3
Raposo Fernandes Marketing Digital LTDA (Administradora da Folha Política)
CNPJ 20.010.215/0001-09