sexta-feira, 8 de março de 2024

Bolsonaro se pronuncia para multidão e ironiza volta dos escândalos no governo Lula: ‘o amor voltou. Esse amor bandido custa caro’


O ex-presidente Jair Bolsonaro discursou a uma multidão na Bahia, em evento com pré-candidatos do PL para as próximas eleições, quando falou sobre a importância da participação da política e da transparência quanto às propostas. Bolsonaro ironizou os candidatos da esquerda, apontando que não admitem na campanha os valores que efetivamente defendem. 

Bolsonaro lembrou como as prefeituras foram tratadas em seu governo e comparou com a situação dos prefeitos no governo Lula, além de lembrar a volta dos escândalos de corrupção, ironizando: "O amor voltou. Esse amor bandido custa caro". 

O ex-presidente foi aplaudido e aclamado aos gritos de ‘mito’ ao dizer: “O bem maior que nós podemos ter - e eu comparo, até maior que a própria vida - chama-se liberdade. (...) Ela não tem preço”.  

Mais de 2 mil pessoas foram presas em massa a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com a colaboração do Exército brasileiro, sem o menor respeito a direitos humanos ou ao devido processo legal. Centenas dessas pessoas passaram meses a fio presas, e só foram libertadas com “medidas cautelares” excessivas e arbitrárias, muito piores do que as que são aplicadas a pessoas condenadas por crimes graves. Milhares de famílias continuam sofrendo com as restrições a suas liberdades e seus patrimônios. Tudo sob o olhar complacente do Senado Federal. 

Enquanto cidadãos comuns ficam sujeitos a medidas abusivas, autoridades do governo Lula envolvidas nos fatos do dia 8 de janeiro seguem livres, leves e soltas. O general G. Dias, por exemplo, era o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, era responsável pela segurança do palácio do Planalto, e foi filmado no interior do palácio, interagindo com os invasores. Até o momento, o general G. Dias não foi preso, não teve seu passaporte apreendido, nem suas contas bloqueadas, nem seus bens ou sua renda apreendidos. Essas “medidas cautelares” são reservadas a conservadores, que podem sofrer qualquer uma, ou várias, delas sem qualquer indício de crime, sem direito à defesa, nem acesso ao devido processo legal. Quando aplicadas a conservadores, as “medidas cautelares” podem perdurar pelo tempo que desejar o senhor ministro que determina sua aplicação, ainda que as pessoas não tenham foro privilegiado e não estejam, portanto, sujeitas à jurisdição das cortes superiores. 

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e pessoas que apenas têm um discurso diferente do imposto pelo cartel midiático vêm sendo perseguidos, em especial pelo Judiciário. Além dos inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, também o ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, criou seu próprio inquérito administrativo, e ordenou o confisco da renda de sites e canais conservadores, como a Folha Política. Toda a receita de mais de 32 meses do nosso trabalho está bloqueada por ordem do TSE, com aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. O inquérito vai sendo transmitido de corregedor em corregedor e já está no quarto relator, o ministro Raul Araújo, enquanto famílias e empresas veem sua renda ser confiscada dia após dia. 

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