quinta-feira, 25 de abril de 2024

Deputado Otoni faz alerta gravíssimo sobre CPI para investigar Moraes após fala de Gilmar Mendes: ‘Deuses do Olimpo?’


O deputado Otoni de Paula fez um discurso carregado de sarcasmo em que ironizou o papel do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, ao lidar com ministros do Supremo Tribunal Federal. O deputado lembrou que há assinaturas suficientes para a instalação da CPI dos Abusos de Autoridade do STF e do TSE, mas a CPI, que já não foi instalada porque Arthur Lira não quis, provavelmente não será instalada porque o ministro Gilmar Mendes já deu o sinal para que não seja. 

Otoni de Paula disse: “Povo brasileiro, lamento muito informar que a CPI que esta Casa poderia instituir para investigar os atos ilegais e inconstitucionais que a Justiça tem feito nos últimos tempos no Brasil não vai acontecer. O Deputado Marcel van Hattem conseguiu as assinaturas. Eu assinei. A CPI seria criada para investigarmos o autoritarismo do Poder Judiciário, mas veio o Ministro Gilmar Mendes e disse que é inconstitucional qualquer tipo de investigação contra o STF. Tudo pode ser investigado neste País, tudo, até o Presidente da República, mas não podemos investigar os "deuses do Olimpo". É isso”.

O deputado ironizou: “Ele disse mais, disse que tem certeza de que o Presidente Lira tem juízo. Realmente, o Presidente Lira tem juízo. Quem não tem juízo somos nós, que vamos continuar votando em quem tem processo na gaveta da Suprema Corte. Enquanto esta Casa continuar votando para Presidente em alguém que tem processo na Suprema Corte, todos nós estaremos nos apequenando”.

Otoni de Paula comentou declarações do ministro de Lula, Ricardo Lewandowski, que afirmou que não há nenhuma crise entre os poderes. O deputado disse: “Não há mesmo, não. Não há nenhuma crise. Na verdade, o que há é um ataque da Justiça ou da Suprema Corte contra um espectro político. Portanto, não há briga entre o Supremo e o Presidente Lula ou entre o Presidente Lula e esta Casa. Não há não, gente. Só há uma briga, uma briga que faz com que a Suprema Corte, através do Ministro Alexandre de Moraes, persiga Deputados de um espectro político, o dos que são de direita e bolsonaristas”. 

O deputado expôs: “A esses, o rigor da lei, mesmo que não haja lei para nos investigar, mesmo que não haja crime. Não importa. É de direita? É bolsonarista? Aciona-se o aparato da Polícia Federal, é feita busca e apreensão, e ninguém poderá mais abrir a boca, por medo, e falar nesta tribuna sobre a ditadura da toga”.

Otoni ironizou: “é isso. Este pode ser, talvez, o meu último pronunciamento antes de a PF ir à minha casa, mais uma vez, e antes de as minhas redes serem bloqueadas novamente, porque, neste País, não se pode falar contra o Supremo”.

As prisões políticas após o dia 8 de janeiro são alguns dos mais recentes sinais de que, no Brasil, os cidadãos não vivem em uma democracia. Para um grupo de pessoas e empresas, a tirania ganha contornos de implacável perseguição política e ideológica, e esse grupo “marcado” vem sendo perseguido, há muito tempo, com medidas arbitrárias, como prisões políticas, buscas e apreensões, censura, bloqueio de redes sociais e confiscos. 

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