Após o fim de semana marcado pela prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, parlamentares retornam a Brasília sob intensa pressão para aprovar a anistia aos presos e perseguidos políticos do ministro Alexandre de Moraes. Muitas pessoas lembraram o acordo feito com Hugo Motta, presidente da Câmara, e jamais cumprido.
O cientista político Rodrigo Lima questionou:
“VAI CUMPRIR A PROMESSA?
Altineu falou que quando Hugo Mota tivesse fora do Brasil iria pautar a anistia no pé que ela estava. Hugo Mota estará fora do Brasil toda essa semana. A pergunta é: Altineu Cortes, vossa excelência terá coragem de cumprir com sua palavra?”
O senador Marcos Rogério se exaltou ao ver se formar maioria na primeira turma do STF para manter Bolsonaro preso. Ele disse: “INJUSTO, PARCIAL E VERGONHOSO! Primeira Turma do STF manteve a prisão preventiva de Bolsonaro por unanimidade. Dino, Zanin e Cármen Lúcia apenas carimbaram a decisão de Moraes. É revoltante ver um tribunal agir assim, ignorando limites, atropelando garantias e tratando um ex-presidente como inimigo político”.
O procurador Marcelo Rocha Monteiro comparou notícias:
“07/05/2018
Justiça atende pedido da defesa e autoriza atendimento periódico de Lula (preso em Curitiba) por seus MÉDICOS PARTICULARES.
23/11/2025
Polícia Federal diz que Bolsonaro deve ser atendido pelo SAMU.
Todos são iguais perante a lei. Mas alguns são “mais iguais” que outros”.
A deputada Caroline De Toni apontou: “A cortina de fumaça deu certo. Bolsonaro preso e ninguém mais fala sobre a perda de mais um herói para o crime organizado e do escândalo do Banco Master. Parabéns aos envolvidos!”
O deputado Giovani Cherini se exaltou: “A Globo passa o Fantástico inteiro atacando Bolsonaro para proteger os “peixes grandes” de Brasília. Enquanto tentam criar cortina de fumaça, o país já sabe quem realmente teme a verdade. Somos todos Bolsonaro”.
O jurista Amauri Saad disse: “Bolsonaro, auxiliado por pessoas que não entendiam de guerra cultural, errou no trato com a imprensa. Ele não deveria deixá-la sem dinheiro público, o que fez os seus canhões se voltarem contra ele com toda a violência possível; deveria tê-la comprado. E sairia barato”.
Mariana Naime, esposa do Coronel Naime, preso político de Alexandre de Moraes, divulgou um texto com um apelo aos parlamentares por anistia:
“Chega. O sofrimento ultrapassou qualquer limite humano — tornou-se desumano.
E quem deveria ouvir nosso clamor parece ter se acostumado ao som do sofrimento alheio.
Este não é apenas um pedido: é um grito sufocado,
um clamor desesperado por justiça que já não cabe mais no peito de milhares de famílias brasileiras.
O Congresso — aqueles que acreditamos, escolhemos e sustentamos como nossos representantes — assiste, paralisado e desinteressado, a um capítulo trágico da nossa história.
Um capítulo em que inocentes são destruídos dia após dia, enquanto os verdadeiros culpados seguem intocados, protegidos e blindados.
Ao longo dos últimos 03 anos, fomos atacados, humilhados, massacrados.
E não apenas aqueles que foram presos injustamente, mas suas famílias inteiras:
esposas lutando sozinhas, filhos crescendo no meio da dor, pais e mães adoecendo de angústia.
Uma sociedade tensionada não avança.
Uma sociedade colapsada não respira.
Estamos pedindo um direito que já existe.
Um direito que nos assiste — e que já foi invocado mais de 45 vezes para beneficiar grupos e movimentos políticos, inclusive aqueles que incendiaram prédios públicos, sequestraram, mataram, aterrorizaram cidadãos e destruíram patrimônio.
Por que agora esse mesmo direito não pode alcançar cidadãos comuns da mesma sociedade?
Por quê?
Por que essas famílias precisam ser torturadas emocionalmente, juridicamente e institucionalmente?
Por que pais de família, trabalhadores e policiais que arriscaram a vida precisam pagar um preço tão cruel por atos que não deixaram vítimas, não usaram armas, não tiraram vidas?
No dia 08/01, tudo foi restabelecido no mesmo dia. Não houve prejuízo irreversível!
Nada — absolutamente nada — se compara aos atos praticados por movimentos da esquerda ao longo da história: quebra-quebra, incêndios, invasões, agressões e até mortes.
E ainda assim, todos foram perdoados.
Não é justo.
Não é justo que a sociedade assista calada a essa desproporção.
Não é justo sermos tratados como reféns pelo próprio Estado que ajudamos a construir.
Em nome de tantos inocentes,
em nome das famílias que choram,
em nome das crianças que esperam seus pais voltarem,
em nome das mães que seguram tudo sozinhas,
em nome da verdade que tentaram enterrar,
eu clamo:
JUSTIÇA.
SOCORRO.
ANISTIA JÁ.
Pelo 🇧🇷 Brasil que precisa recomeçar.
Pela paz que precisa voltar.
Pela esperança que não pode morrer.
O país não aguenta mais mentiras, violações e covardias institucionais.
E, diante de 🙏🏻Deus e diante da Nação,
seguimos clamando — até que a justiça se levante de verdade.🙌🏻
Mariana Naime
Esposa de um policial militar que serviu à Nação mesmo em seu período de férias — e que hoje paga por ter sido fiel ao seu juramento”.
Em sessão não-deliberativa do Senado, logo após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, os senadores Eduardo Girão e Damares Alves apontaram os absurdos da decretação da prisão, lembrando que Bolsonaro já estava preso e que não se sustentam as alegações divulgadas pela velha imprensa. Os dois senadores afirmaram que a prisão desnecessária e ilegal confirma a ditadura judicial vigente no Brasil.
O senador Girão afirmou: “nós estamos em um momento muito preocupante da história da nação. Isso precisa acabar, essa guerra precisa acabar, e é só com anistia, não tem outro jeito. Para pacificar o Brasil, unir os brasileiros, para o país ir para a frente, independentemente de que governo seja: é anistia ampla, geral e irrestrita. É a reconciliação nacional tão esperada, que nós já tivemos em outros tempos, com gente que pegou em arma, com gente que fez coisas... inclusive tortura, sequestrar Embaixador, assaltar banco, explodir aeroporto, em um passado recente do Brasil. E teve anistia para essa turma. E para esses que não tiveram o direito à ampla defesa e ao contraditório, que não foi achado uma arma sequer - nem arma branca, faca, não foi achado absolutamente nada -, pessoas sem liderança, em uma manifestação que descambou para uma quebradeira - e quem quebrou tem que pagar, mas não com 15, 16, 17 anos, em um país em que traficante está sendo liberado, que corrupto com 400 anos está sendo liberado para curtir suas mansões, tamanha a inversão de valores”.