quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Senador Esperidião confronta Gonet, aponta omissões e perseguições, compara com Gestapo e declara: ‘votarei contra’


Durante a sabatina do procurador-geral da República, Paulo Gonet, para sua recondução ao cargo, o senador Esperidião Amin expôs os absurdos cometidos por Gonet no cargo, por ação e, especialmente, por omissão. O senador iniciou sugerindo aos candidatos a cargos no Superior Tribunal Militar que não cometam o mesmo tipo de erro. Esperidião Amin disse aos candidatos: “Não deixem que a Justiça brasileira seja contaminada pela ideologia que solta ladrões confessos - e não há confissão mais clara do que devolver o dinheiro roubado -, solta estes e prende quem contraria os dominantes. Não contribuam para que o povo brasileiro perca a esperança”.

O senador lembrou que, na primeira vez que foi sabatinado, Gonet se recusou a comentar os inquéritos políticos inconstitucionais conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, alegando que não os conhecia. Esperidião Amin lembrou que, em dois anos no cargo, Gonet nada fez para enfrentar as ilegalidades, inconstitucionalidades e arbítrios, e disse: “Se V. Exa. não fez nada para questionar o Inquérito 4.781 - eu estou falando de fatos; se isso o constrange, eu não vou revogar fatos -, eu tenho que deduzir que V. Exa. concorda com ele”. 

O senador questionou Gonet sobre a parcialidade evidente nas investigações sobre o 8 de janeiro, lembrando que nenhuma autoridade do regime vigente foi sequer investigada por suas omissões. Ele lembrou que não faltaram denúncias, nem provas, de omissão e mesmo de atos concretos. 

Esperidião Amin também mencionou a perseguição ao ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, Eduardo Tagliaferro, lembrando que Tagliaferro confessou ao Senado que produzia “certidões” para justificar prisões políticas, pesquisando manifestações das pessoas perseguidas, proferidas ao longo de anos. Esperidião Amin ironizou as táticas da procuradoria, dizendo: “se a Gestapo tivesse isso, o estrago teria sido muito maior - mas ela não tinha”. O senador apontou ainda que a parceria PGR-STF, ao invés de investigar os fatos que foram denunciados, está perseguindo Tagliaferro. Ele lembrou que há assinaturas para uma CPI e expôs: “Esta CPI tem 29 assinaturas, foi apresentada e é para investigar se o Tagliaferro fala verdade ou não. O que faz o sistema hoje? Pede a extradição dele porque ele vazou informações. A sociedade quer saber o seguinte: as informações são verdadeiras? Se forem mentirosas, ele tem que ser preso. Agora, se forem verdadeiras, é a desmoralização completa de uma investigação baseada em narrativas. E é disso que se trata o inquérito do 8 de janeiro”.

O senador também rebateu declarações públicas absolutamente impróprias de Gonet, sobre a anistia aos presos políticos do ministro Alexandre de Moraes, e sobre o impeachment de ministros de cortes superiores, e resumiu sua posição: “No caso do Inquérito 4.781, o tempo, a vida lhe deu a oportunidade de refletir sobre ele. Ele é um absurdo e a sua inação - digo isso com pesar - me inabilita para votar na sua recondução. Eu votarei contra, não pelo que V. Exa. vai dizer, mas pelo que V. Exa. não fez”.

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e pessoas que apenas têm um discurso diferente do imposto pelo cartel midiático vêm sendo perseguidos, há muito tempo, em especial pelo Judiciário. Além dos inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, também o ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, criou seu próprio inquérito administrativo, e ordenou o confisco da renda de sites e canais conservadores, como a Folha Política. Toda a receita de mais de 20 meses do nosso trabalho está bloqueada por ordem do TSE, com aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. 

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