sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Petição pelo impeachment de Moraes ultrapassa 200 mil assinaturas em poucas horas e parlamentares se mobilizam


Uma petição pública que visa demonstrar o apoio popular a mais um pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal,  ultrapassou rapidamente a marca de 200 mil assinaturas. Aberta nesta manhã, até o momento de publicação dessa matéria a petição já tinha recebido 220 mil assinaturas, mesmo apesar de o site ter apresentado algumas instabilidades ao longo do dia. A petição pode ser acessada no link: https://www.change.org/p/impeachment-de-alexandre-de-moraes-pelo-bem-da-democracia

A deputada Júlia Zanatta disse: 

“Impeachment de Alexandre de Moraes, já!✋

Fui uma das primeiras a assinar o impeachment de Alexandre de Moraes, com o apoio de mais de 100 deputados federais. Agora é o momento de defender incondicionalmente o Estado Democrático de Direito. Precisamos enfrentar juntos o rumo perigoso que o país está tomando.

Provas contundentes reveladas pela Folha de São Paulo mostram que Alexandre de Moraes tem usado seu poder para perseguir opositores políticos. É inaceitável que a liberdade de expressão e a diversidade de opiniões sejam sufocadas pelo autoritarismo de um único e perverso homem.

Convidamos todos a comparecer às manifestações do dia 7 de setembro para pressionar o Congresso e o Senado a darem prosseguimento ao processo de impeachment e pôr fim à ditadura da toga. 

Assine agora o abaixo-assinado e junte-se ao movimento de pressão para pedirmos o Impeachment de Alexandre de Moraes (link abaixo). Juntos, vamos garantir que ninguém seja alvo de mais injustiças. Brasil acima de tudo” 

A deputada disse ainda: 

“A-LEI-XANDRE: PERSEGUIÇÃO POLÍTICA, A DITADURA DA TOGA NO BRASIL

As recentes revelações sobre a atuação do ministro Alexandre de Moraes e sua equipe no STF e TSE são alarmantes. 

Conversas vazadas mostram que alvos de investigações, especialmente ligados ao bolsonarismo, eram escolhidos pelo próprio Moraes ou por seus assessores. Em um caso, o assessor chegou a rir ao instruir um subordinado a usar “criatividade” para justificar uma ação contra uma revista de direita.

Essa situação remete à famosa frase de Lavrentiy Beria, chefe da polícia secreta de Stalin: “Mostre-me o homem e eu encontrarei o crime”. Beria era conhecido por sua brutalidade e por usar acusações infundadas para eliminar opositores.

Qualquer semelhança NÃO É mera coincidência”.

Diversos outros deputados também divulgaram a iniciativa, bem como um “placar” dos deputados que já assinaram o pedido e daqueles que ainda estão indecisos ou negociando seus apoios, permitindo aos cidadãos que conheçam a posição de seus representantes e possam cobrar seus posicionamentos, inclusive quando receberem pedidos de votos para eles ou para seus candidatos. 

Já existe uma petição para o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, com mais de 3 milhões de assinaturas, que é solenemente ignorada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, juntamente com todos os pedidos que ele recebe. Pacheco decide isoladamente e, em consequência, ministros de cortes superiores se sentem acima do bem e do mal e agem como se não estivessem submetidos a qualquer lei.  Enquanto o Senado se mantém firmemente de costas para a população, cidadãos são submetidos a todo tipo de abuso de autoridade, incluídos em inquéritos ilegais e inconstitucionais e sendo submetidos a medidas arbitrárias sem chance de defesa nem acesso ao devido processo legal. 

O senador Marcos do Val, vítima de perseguição política, se manifestou sobre as mais recentes medidas tomadas pelo ministro Alexandre de Moraes contra ele. Ouça o texto: 

Denúncia de Abuso de Poder, Censura e Violações de Direitos Constitucionais no Brasil

Nos últimos tempos, o Brasil tem sido palco de uma série de atos e decisões judiciais que representam uma grave ameaça ao Estado de Direito, à liberdade de expressão, e aos direitos fundamentais garantidos pela nossa Constituição. Infelizmente, tais atos têm sido perpetrados por uma autoridade que deveria ser a guardiã desses mesmos direitos – o Ministro Alexandre de Moraes, da Suprema Corte do Brasil.

1. Bloqueio Arbitrário de Recursos Financeiros

Recentemente, o Ministro Alexandre de Moraes determinou o bloqueio de um valor de 50 milhões de reais de minha conta pessoal, sendo que tal quantia jamais existiu em minhas contas bancárias. Em uma demonstração ainda mais alarmante de abuso de poder, o ministro bloqueou também os recursos do Senado Federal destinados ao meu gabinete, comprometendo o pagamento de funcionários e despesas essenciais para o exercício de minhas funções parlamentares. A Constituição Federal do Brasil, em seu artigo 53, assegura a inviolabilidade dos parlamentares, protegendo-os contra atos que possam impedir o pleno exercício de seus mandatos.

2. Censura Imposta às Redes Sociais

Outra prática preocupante tem sido a imposição de censura às plataformas digitais por meio de decisões judiciais sem qualquer embasamento legal. [z13] Ordens para remover completamente páginas de parlamentares, como as minhas, de redes sociais como Facebook, Instagram, YouTube e Ex (antigo Twitter), representam uma afronta direta à liberdade de expressão e à democracia. É imperativo destacar que tais ordens não se baseiam em qualquer violação de termos de serviço das plataformas ou em infrações legais, mas sim em decisões unilaterais e arbitrárias, desprovidas de fundamentação jurídica.

3. Ameaças e Multas Desproporcionais às Big Techs

As Big Techs têm sido coagidas a cumprir essas ordens sob a ameaça de multas diárias exorbitantes, que podem chegar a 200 mil reais por dia. Essas medidas, tomadas sem base legal e sem um cálculo claro de proporcionalidade, criam um ambiente de medo e coação, levando essas empresas a cumprir ordens que, em muitos casos, são flagrantemente inconstitucionais. É essencial lembrar que o princípio da legalidade, consagrado no artigo 5º, inciso II, da Constituição Federal, estabelece que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude de lei.

4. O Perigo de uma Ditadura

Obedecer cegamente a essas decisões monocráticas de apenas um ministro da Suprema Corte, sem questioná-las, é um caminho perigoso que nos leva ao início de uma ditadura. Se permitirmos que decisões judiciais sem embasamento legal sejam cumpridas sem resistência, estaremos contribuindo para que o Brasil, em pouquíssimo tempo, se torne uma ditadura. A história nos mostra que a ditadura começa exatamente assim: com o acatamento de ordens autoritárias sem questionamento. Se não defendermos o que está escrito na Constituição, abriremos espaço para que um ministro, com uma única decisão judicial, possa fechar os três poderes ou tomar outras ações extremas, minando completamente a democracia.

Denúncia Internacional e Recomendação às Big Techs

Diante desse cenário, comunico oficialmente às Big Techs que não se sintam intimidadas ou coagidas a cumprir decisões que carecem de base legal e constitucional. Exorto as plataformas a questionarem judicialmente essas ordens e a buscarem proteção junto a organizações internacionais de direitos humanos, como a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). Além disso, este documento serve como uma denúncia formal às organizações internacionais sobre as graves violações de direitos que estão sendo cometidas no Brasil, com o objetivo de alertar a comunidade internacional e buscar apoio na defesa da democracia e dos direitos fundamentais.

5. Conclusão

O Brasil enfrenta um momento crítico em que é necessário relembrar e reafirmar os princípios fundamentais que sustentam nossa democracia.


Apesar de alguns senadores agirem no limite de seus poderes para frear os atos autoritários de ministros das cortes superiores, a Casa legislativa, como um todo, permanece cega, surda e muda, indiferente aos ataques à democracia, graças ao seu presidente, Rodrigo Pacheco, que engaveta todos os pedidos de impeachment de ministros de cortes superiores que chegam às suas mãos. 

Os senadores há muito tempo têm conhecimento dos inquéritos secretos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, utilizando delegados da polícia federal escolhidos a dedo para promover uma imensa operação de “fishing expedition” contra seus adversários políticos. O desrespeito ao devido processo legal e a violação ao sistema acusatório são marcas dos inquéritos políticos conduzidos pelo ministro e já foram denunciados pela ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge, que promoveu o arquivamento do inquérito das Fake News, também conhecido como “Inquérito do Fim do Mundo”, e também por inúmeros juristas, inclusive em livros como “Inquérito do fim do Mundo”, “Sereis como Deuses”, e no mais recente “Suprema desordem: Juristocracia e Estado de Exceção no Brasil”. O ministro Alexandre de Moraes também já foi chamado de “xerife” pelo então colega Marco Aurélio Mello pelos excessos cometidos em seus inquéritos. Na imprensa internacional, as denúncias vêm se avolumando. O ministro Kássio Nunes Marques consignou, em voto, as violações de direitos humanos nas prisões em massa ordenadas por Moraes. Apesar das constantes denúncias, o Senado brasileiro segue inerte. 

Os senadores sabem sobre os jornais que foram “estourados” e tiveram todos os seus equipamentos apreendidos, e sabem sobre os jornalistas perseguidos, presos e exilados. Os senadores não apenas foram informados sobre a invasão de residências de cidadãos e apreensão de bens, mas também viram, sem qualquer reação, operações contra seus próprios membros, o senador Arolde de Oliveira e o senador Marcos do Val. Os senadores sabem que muitos meios de comunicação vêm sendo censurados há muito tempo. Os senadores souberam sobre a prisão do deputado Daniel Silveira, em pleno exercício do mandato, por palavras em um vídeo. Os senadores sabem que o ex-deputado voltou a ser preso, por supostas violações a medidas cautelares que foram impostas em um processo que tinha sido extinto pela graça presidencial. Os senadores sabem que a graça presidencial, constitucional, foi cancelada. Os senadores foram informados sobre a perseguição a jornalistas, que são censurados, impedidos de exercerem sua profissão, e têm bens e redes sociais bloqueados. Os senadores sabem que ativistas passaram um ano em prisão domiciliar, sem sequer denúncia, obrigados a permanecer em Brasília, mesmo morando em outros estados. Os senadores sabem das violações a prerrogativas de advogados. Os senadores sabem sobre a prisão de Roberto Jefferson,  presidente de um partido, e sua destituição do cargo a mando de Moraes. Os senadores sabem da censura a parlamentares. Os senadores sabem que jornais, sites e canais conservadores têm sua renda confiscada há dois anos. Os senadores sabem sobre as prisões em massa sem individualização de condutas, sob acusações descabidas. Os senadores sabem sobre as multas estratosféricas e confiscos de propriedade. Os senadores sabem que crianças ficam presas com seus pais, sem meios de sustento, em “cautelares” sem prazo para acabar. Os senadores sabem que Clériston Pereira da Cunha morreu no cárcere, com um pedido de soltura aguardando que o ministro se dignasse a apreciar. Os senadores sabem que outras pessoas presas injustamente só foram soltas após a morte do preso político no cárcere. Os senadores conhecem muitos outros fatos.  Mesmo assim, todos os pedidos de impeachment, projetos de lei, e requerimentos de CPI seguem enchendo as gavetas do sr. Rodrigo Pacheco. 

Há mais de cinco anos, o ministro Alexandre de Moraes conduz, em segredo de justiça, inquéritos políticos direcionados a seus adversários políticos. Em uma espécie de “parceria” com a velha imprensa, “matérias”, “reportagens” e “relatórios” são admitidos como provas, sem questionamento, substituindo a ação do Ministério Público e substituindo os próprios fatos, e servem como base para medidas abusivas, que incluem prisões políticas, buscas e apreensões, bloqueio de contas, censura de veículos de imprensa, censura de cidadãos e parlamentares, bloqueio de redes sociais, entre muitas outras medidas cautelares inventadas pelo ministro, sem qualquer chance de defesa ou acesso ao devido processo legal. 

O mesmo procedimento de aceitar depoimentos de testemunhas suspeitas e interessadas, e tomar suas palavras como verdadeiras, se repete em diversos inquéritos nas Cortes superiores. A Folha Política já teve sua sede invadida e todos os seus equipamentos apreendidos a mando do ministro Alexandre de Moraes. A renda do jornal está sendo confiscada a mando do ministro Luís Felipe Salomão, ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, com o aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. Todos os rendimentos de mais de 20 meses de trabalho de jornais, sites e canais conservadores são retidos sem qualquer base legal.  

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