Em pronunciamento pelas redes sociais, o deputado federal Maurício Marcon expôs os próximos passos e as previsões após o protocolo da CPMI que vai investigar a roubalheira no INSS, com 259 assinaturas de deputados e senadores. O deputado ponderou que, com o número de assinaturas já existente, a instalação da CPMI terá que ocorrer.
Marcon respondeu aos cidadãos que questionaram se a oposição tem algum plano para impedir que a extrema-esquerda assuma o comando da CPMI, como fez com a CPMI do 8 de janeiro, quando as autoridades do governo Lula envolvidas nos fatos foram protegidas e inocentes tiveram seus sigilos quebrados sem fundamentação, foram achacados e vilipendiados.
O deputado apontou que são os partidos que nomeiam os membros das CPIs e ponderou: “Qual é o cenário de hoje? Ele é um pouco diferente da CPMI do 8 de janeiro. Por quê? Porque lá na CPMI do 8 de janeiro nós tínhamos um começo de governo e muitos destes partidos, inclusive PP, União, PSD, Republicanos, estavam com ministérios e tinham uma perspectiva de alguns anos no poder. Então eles indicaram, na sua maioria, parlamentares que eram ligados ao governo, e nós tivemos extrema dificuldade para conseguir avançar qualquer coisa naquela CPMI. Pois bem, agora passaram-se aí dois anos e meio.(...) E nós temos uma situação em que, ano que vem, há uma eleição; a denúncia que está sendo vista aí, ela é de uma gravidade que cada vez aumenta mais, inclusive (…) sobre o sindicato do irmão do Lula. E estes partidos que eu citei podem usar esta CPMI para desembarcar do governo, para que eles tenham um motivo real, oficial e gravíssimo. que é roubar aposentado, que é isso que foi feito, foi roubar os aposentados”.
Maurício Marcon explicou que partidos que não têm norte ideológico podem escolher, entre seus representantes, os que forem mais convenientes, conforme desejem que a investigação seja mais ou menos favorável ao governo Lula. Ele prosseguiu: “a perspectiva, agora é que, no ano que vem estes partidos não estarão com Lula. Em não estando com o Lula, este é o grande medo do governo: de que nós tenhamos os partidos usando a CPMI, com a gravidade dos fatos... E isso é insustentável. A narrativa de que o Bolsonaro roubava para sustentar o irmão do Lula no sindicato, a pessoa tem que ser de um nível intelectual extremamente baixo, tem que ser minimalista no nível intelectual para acreditar numa narrativa dessa. Não colou. Ninguém acreditou. (...) Então, o governo está com muito medo dessa CPMI”.
O deputado lembrou ainda que há indícios de que houve um favorecimento específico ao sindicato no qual o irmão de Lula é vice-presidente. Ele disse: “alguém dentro do governo Lula facilitou transição, uma regra transitória para que o sindicato do irmão do Lula - ele é vice presidente, ou seja, obviamente ele sabe o que está acontecendo - descontasse de forma irregular das pessoas. Vocês entendem por que eles tão apavorados com essa questão da CPMI? Porque é óbvio que vai ser pego gente graúda aí, gente. Mas o Lula, obviamente, não sabe de nada e o irmão dele parece que não é irmão dele, é irmão do Bolsonaro”.
Marcon resumiu: “Em resumo, pessoal, a gente deve ter um avanço grande essa semana na questão da CPMI, inclusive com os nomes aí a serem colocados como presidente e relator, o que é fundamental. E a gente vai torcer que seja uma pessoa minimamente neutra, que esteja preocupada em fazer a investigação e punir os corruptos. Enquanto a Débora, que escreveu com o batom, está presa há dois anos, o irmão do Lula segue solto, sendo que o sindicato dele desviou milhões e milhões de reais de pessoas analfabetas, acamadas e muitas vezes sem condições de saber que estavam sendo descontadas ou coisa do gênero. Então é coisa de bandido profissional, mau, e sem caráter nenhum. Não que o roubo e algum tipo de coisa tenha qualquer tipo de apreço ou perdão, mas convenhamos, roubar de um analfabeto, de um acamado é um nível de perversidade que assusta”.
Enquanto se recusou a investigar indícios de corrupção do governo, a CPI não poupou esforços em humilhar pessoas e empresas que manifestaram apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, além de quebrar sigilos sem qualquer fundamentação, vazar dados sigilosos para a velha imprensa e ameaçar pessoas de prisão.
O procedimento é o mesmo observado em inquéritos conduzidos em cortes superiores: matérias da velha imprensa atribuem um “rótulo” ou “marca” a um grupo de pessoas, e isso é tido como suficiente para quebras de sigilos, interrogatórios, buscas e apreensões, prisões e confiscos. Após promover uma devassa nas pessoas e empresas, no que é conhecido como “fishing expedition”, os dados são vazados para a velha imprensa, que então promove um assassi* de reputações que dá causa a novas medidas abusivas. Conforme vários senadores já notaram, os procedimentos são, comumente, dirigidos aos veículos de imprensa independentes, em evidente tentativa de eliminar a concorrência, controlar a informação e manipular a população brasileira.
Em um inquérito administrativo no Tribunal Superior Eleitoral, seguindo esse tipo de procedimento, o ministro Luís Felipe Salomão ordenou o confisco da renda de diversas pessoas, sites e canais conservadores, inclusive a Folha Política. A decisão recebeu elogios dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. O inquérito segue sendo transmitido de relator em relator, enquanto a renda de mais de 20 meses de trabalho de famílias e empresas segue confiscada.
A decisão não discrimina os conteúdos e atinge a totalidade da renda dos sites, com o objetivo de levar ao fechamento das empresas por impossibilidade de gerar renda. Se você apoia o trabalho da Folha Política e pode ajudar, doe qualquer valor através do Pix, utilizando o QR Code que está visível na tela ou o código ajude@folhapolitica.org. Caso não utilize PIX, há a opção de transferência bancária para a conta da empresa Raposo Fernandes disponível na descrição deste vídeo e no comentário fixado no topo.
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