quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Cidadãos, parlamentares e general questionam gesto polêmico de Moraes em julgamento de Bolsonaro no TSE


Durante um julgamento no Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Alexandre de Moraes, presidente daquela corte, fez um gesto classicamente conhecido como um gesto que pede a degola de um adversário. Ao final do voto do ministro Carlos Horbach, e ao passar a palavra à ministra Maria Claudia Bucchianeri Pinheiro, o presidente do TSE olhou para uma pessoa na plateia e fez o gesto de degola, acompanhado de um esgar da boca. A atitude escandalizou cidadãos, que comentaram a impropriedade do gesto em qualquer circunstância. 

A deputada federal Bia Kicis disse: “Gravíssimo! Ministro Presidente do TSE, Xandão, faz gesto de degola enquanto Ministra Maria Claudia Bucchianeri votava contra a proibição de que Presidente Jair Bolsonaro faça suas lives no Alvorada durante a campanha. Xandão tem isenção para presidir o TSE durante as eleições?”. 

O deputado General Girão afirmou: “Nada mais nos surpreende vindo desse ministro. Isso, ele está tão desmoralizado que não merece ser citado em letra maiúscula”

A deputada Alê Silva questionou: “O que leva um Ministro do STF e TSE fazer um gesto de DEGOLA durante um julgamento?”. 

A deputada Carla Zambelli afirmou: “Após voto do Ministro Carlos Horbach apoiando que o Presidente Jair Bolsonaro possa fazer suas lives do Palácio da Alvorada, Alexandre de Moraes faz gesto de não com a cabeça e gesto de "degolar" no pescoço. Na semana das eleições isso muito nos preocupa!”.

O vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, perguntou: “O que será que o Ministro Alexandre de Moraes quis dizer com esse gesto?”. 

A deputada estadual Letícia Aguiar disse: “A degola é uma maneira de humilhar ou intimidar o inimigo numa guerra. O gesto conota ameaça/agressão, por isso meu desagravo, ato poderá até mesmo gerar imputação criminal. Vivemos em um BBB e a superexposição das câmeras não deixa escapar nada. Este flagra é vergonhoso, não é ?”

O especialista em segurança pública Fabricio Rebelo disse: “Em qualquer Tribunal composto por Magistrados de carreira, o gesto de "degola" de um julgador após divergir do voto manifestado por um colega, além de reprovável desrespeito incompatível com o cargo, seria visto como postura de parcialidade, que o afastaria do julgamento”.

A juíza Ludmila Lins Grilo disse: “Elucubrando aqui sobre quais motivos poderiam levar um magistrado a fazer um gesto de degola durante um julgamento”.

Bárbara, do canal Te Atualizei, ironizou matéria da velha imprensa, questionando: “Por qual motivo a veja não entrou em contato com Alexandre de Moraes para questionar o pq do gesto de "degola", durante um julgamento do TSE?”

O professor Carlos Barros comentou: “Gesto de degola democrático e de defesa das instituições”, acrescentando um emoji de palhaço. 

O professor de Direito Penal e Processo Penal Geovane Moraes apontou: “Efetivamente não tenho como saber o contexto e principalmente a intenção do Exc. Sr. Min. Alexandre de Moraes ao fazer o gesto de degola durante a fala de uma outra magistrada.  Mas proponho uma reflexão. Se este mesmo gesto tivesse sido feito, no mesmo contexto, pelo PR?”. 

O psicólogo Renan Morais, que foi preso pelo ministro e ficou mais de um ano em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, perguntou: “Já pode-se abrir um inquérito para investigar esse ato antidemocrático do ministro? Se o vídeo estiver circulando, quem sabe ele até possa ser preso em flagrante”.

O jornalista Hermínio S. Naddeo  lembrou: “No julgamento da chapa Dilma/Temer, o então juiz Napoleão Nunes Maia fez um gesto de degola se referindo a jornalistas que fizeram matéria sobre seu filho”. Ele acrescentou: “Pois o TSE virou mesmo um tribunal de degola. Agora Alexandre de Moraes. A justiça brasileira está sendo degolada”.

O youtuber Ed Raposo disse: “O gesto de degola de Moraes durante julgamento é só o mais recente capítulo de uma história repleta de atos inomináveis. Tempos sombrios”.

O jornalista Renato Barros perguntou: “Gesto de degola tá liberado? É democrático?”

O advogado Fábio Talhari publicou o trecho do vídeo e disse: “Aqui o vídeo em continuidade, gravado direto da sessão. É real. Esse cidadão NÃO tem qualificação para estar no cargo que ora ocupa. Alexandre de Moraes quer degolar quem? Inadmissível!”

O internauta Alexandro perguntou: “Será que aqui começamos a entender o porquê que um dos ministros (SEBASTIÃO COELHO) pediu aposentadoria dias atrás!?”

O internauta Max ironizou: “Veja, Estadão, UOL, G1 e Folha explicando o que é o "Sinal de Degola" e porque seu uso é democrático e deve ser usado contra os que atacam a democracia”.

O advogado Cristiano Caiado disse: “Esse singelo gesto de “degola” do Ministro Alexandre de Moraes denota o que ele está fazendo com a ordem constitucional e legal no Brasil. Não podemos tolerar as perseguições e crimes que ele, em tese, tem praticado”. Ele acrescentou: “Gesto de degola do Ministro Alexandre de Moraes denota o período de terror da guilhotina jurídica que o STF e o TSE inauguraram no Brasil”. 

O internauta Pedro Azambuja Pinheiro Machado apontou: “ATITUDE DE UM DITADOR: o Xandão faz o gesto de cortar a garganta da juíza enquanto ela fala sugerindo a sua degola. Isso não vai acabar bem, estamos caminhando em uma corda esticada por cima do abismo”. 

O perfil Frankana publicou um vídeo e disse: “SITUAÇÃO EXTREMAMENTE PREOCUPANTE - Na referida sessão, estava sendo tratado o impedimento do presidente Bolsonaro de produzir lives de sua residência oficial. Observem o gesto do Ministro Alexandre de Moraes no momento em que essa juíza profere seu voto em defesa do Presidente”. 

Um internauta que usa como nome de perfil apenas bandeiras do Brasil disse: “Imagine em um debate o presidente, fizesse um gesto de degola, quando alguém discordante dele. Mas quando se trata do ministro da suprema corte, tá de boa. A justiça deste país, mas parece um filme de gangster”. 

O policial Coronel Nero questionou: “Quiseram degolar um assessor do Bolsonaro insinuando que ele fez um gesto na**** em reunião. E agora que um Ministro do STF faz um gesto de degola ao Presidente? O Senado vai continuar aceitando isso?”

O jornalista Rodrigo Constantino ironizou: “Imagina só se o “empresário bolsonarista” tivesse, em vez de mandado um simples joinha no grupo, feito um gesto de degola de algum desafeto…”

A advogada Flávia Ferronato disse: “O gesto do Rei Alexandrino ontem no julgamento do TSE seria o suficiente para qualquer Rei cair em qualquer império do planeta….”

O investidor Leandro Ruschel questionou: “O que está acontecendo nas cortes superiores?”

O delegado Alexandre Ramagem perguntou: “Em clara demonstração de tratamento desigual suportado pelo PR Bolsonaro, ocorre um gesto no mínimo inaceitável. Será apurada a real intenção? Não se trata de conduta incompatível com a honra, dignidade e decoro? Onde está o controle da pusilânime presidência do Senado?”

Há mais de três anos, o ministro Alexandre de Moraes conduz, em segredo de justiça, inquéritos políticos direcionados a seus adversários políticos. Em uma espécie de “parceria” com a velha imprensa, “matérias”, “reportagens” e “relatórios” são admitidos como provas, sem questionamento, substituindo a ação do Ministério Público e substituindo os próprios fatos, e servem como base para medidas abusivas, que incluem prisões políticas, buscas e apreensões, bloqueio de contas, censura de veículos de imprensa, censura de cidadãos e parlamentares, bloqueio de redes sociais, entre muitas outras medidas cautelares inventadas pelo ministro, sem qualquer chance de defesa ou acesso ao devido processo legal. 

O mesmo procedimento de aceitar depoimentos de testemunhas suspeitas e interessadas, e tomar suas palavras como verdadeiras, se repete em diversos inquéritos nas Cortes superiores. A Folha Política já teve sua sede invadida e todos os seus equipamentos apreendidos a mando do ministro Alexandre de Moraes. Atualmente, toda a renda do jornal está sendo confiscada a mando do ministro Luís Felipe Salomão, ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, com o aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. Há mais de 14 meses, todos os rendimentos de jornais, sites e canais conservadores são retidos sem qualquer base legal.  

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