sábado, 28 de janeiro de 2023

Deputado Zucco diz que pedirá ao ‘ministério da verdade’ que investigue Lula: ‘Lula e o PT vão provar do próprio veneno’


O deputado federal Tenente-Coronel Zucco afirmou, em vídeo divulgado pelas redes sociais, que o primeiro investigado pelo “ministério da verdade” criado por Lula deveria ser ele mesmo. Zucco lembrou que a criação da “procuradoria nacional de defesa da democracia” foi um dos primeiros atos de Lula na presidência, e que a criação do órgão deve ser anulada pelo Congresso, por ser inconstitucional e autoritária. E apontou: “mas, se eles querem mesmo partir para esse tipo de narrativa, estaremos preparados para contra-atacar na mesma moeda. Vamos nos somar a outros parlamentares e cobrar da procuradoria nacional da democracia o pedido de investigação contra este presidente da república”.

Como apontado pelo deputado, Lula afirmou, por diversas vezes, durante sua viagem a países vizinhos, que o processo de impeachment de Dilma teria sido um golpe de estado. Apesar do ataque direto às instituições, até o momento nem o Senado, nem a Câmara, nem o Supremo Tribunal Federal se manifestaram sobre a mentira divulgada por Lula, em missão oficial internacional. 

O caso de Lula é bastante ilustrativo de como a narrativa de que existe alguma espécie de preocupação com a divulgação de mentiras, ou sobre o perigo de “ataques às instituições”, serve apenas para a perseguição política. Enquanto um lado do espectro político parece gozar de uma “licença” para mentir, o outro lado é alvo de medidas abusivas mesmo sem que se aponte qualquer mentira, bastando a acusação. 

As investigações seletivas são cada vez mais comuns no País. No Supremo Tribunal Federal, o ministro Alexandre de Moraes conduz inquéritos sigilosos contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em um desses inquéritos, a sede da Folha Política foi invadida e todos os equipamentos do jornal foram apreendidos. Após a Polícia Federal atestar que não havia motivos para qualquer indiciamento, o inquérito foi arquivado a pedido do Ministério Público, mas o ministro abriu outro inquérito de ofício e compartilhou os dados do inquérito arquivado. Atualmente, a renda do jornal está sendo confiscada a mando do ministro Luís Felipe Salomão, ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, em atitude que foi elogiada pelos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. Há mais de 18 meses, toda a renda de jornais, sites e canais conservadores é retida sem qualquer base legal. 

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