terça-feira, 30 de maio de 2023

Senador Girão se revolta com presença de Maduro, ditadura do STF e perseguição a juíza: ‘a gente não pode ver triunfar tanta maldade, tanto desrespeito, tanta humilhação’


O senador Eduardo Girão, da tribuna do senado, lembrou uma profecia bíblica sobre o fim do Direito, e apontou: “Esse texto bíblico tem 2,7 mil anos de idade, mas se aplica perfeitamente para a realidade atual do Brasil”.

O senador descreveu a situação de erosão do estado de Direito que se observa no País, dizendo: “Continua ainda a escalada de arbitrariedades do Poder Judiciário brasileiro numa verdadeira subversão do direito, favorecendo apenas um lado político-ideológico. A saudável pluralidade de ideias já não pode mais existir no Brasil, isso é um fato. Só é permitida a mesma coloração, com matizes diferentes, mas a mesma coloração ideológica, visando a construção autoritária do pensamento único”.

O senador mencionou a aposentadoria compulsória da juíza Ludmila Lins Grilo, apontando: “a juíza brasileira foi punida por causa da ousadia de ter feito as seguintes críticas a Ministros do nosso STF, em suas redes sociais : "Esse inquérito das fake news é um inquérito do fim do mundo, comparado a medidas de exceção da extinta União Soviética", fecho aspas. Abro aspas de novo: "Os Ministros Alexandre de Moraes e Barroso são perseguidores gerais da República". Isso deve ter incomodado muito esses dois magistrados, que já foram objeto de muitos pedidos de impeachment, inclusive de minha autoria”.

Eduardo Girão apontou que o parecer do CNJ deixa transparecer que as críticas têm fundamento, e que o processo visa impedir que essas críticas sejam levadas a público. Ele disse: “O CNJ, em seu parecer condenando a juíza, disse que essas críticas abalam a imagem de todo o Poder Judiciário. Esse parecer pelo menos teve a dignidade de reconhecer que a juíza só falou a verdade, que possivelmente seja o mesmo pensamento de centenas ou quem sabe milhares de magistrados em todo o país, mas que ainda permanecem em silêncio, muitas vezes até por medo de retaliação”. 

O senador afirmou: “Essa vergonhosa aposentadoria compulsória de uma juíza tão jovem é um abuso e um atentado à magistratura, que abre um precedente perigoso de coerção, com o objetivo de silenciar as vozes discordantes de um sistema que quer impor o pensamento único”.

Girão citou a manifestação da Associação Brasileira de Juristas Conservadores, que chamou a aposentadoria de “desarrazoada”, e questionou: “Diante de tudo isso, eu faço novamente a mesma pergunta: até quando este Senado vai continuar omisso? Até quando?”.  Ele acrescentou: “estamos vivendo uma insegurança jurídica sem precedentes na história da nossa nação. O brasileiro está assustado”.

O senador apontou que o país está, “se não no fundo do poço, próximo do fim do poço”, e convidou a população a se manifestar. Ele disse: “Se tem uma coisa que político respeita, todo político, é o povo organizado que sabe se manifestar. Por isso, no dia 4 de junho, eu estarei nas ruas com a minha família. Irei, dentro de uma convocação que não é de movimento nenhum. É uma convocação que eu, como cidadão, porque aqui no Senado nós estamos, não somos– estamos temporariamente. Mas, como cidadãos que amamos esse país, a gente não pode ver triunfar tanta maldade, tanto desrespeito, tanta humilhação como, por exemplo, a gente está vendo todo dia, inclusive um ditador sendo recebido com todas as honras de Chefe de Estado, enquanto o seu povo, lá, está de joelhos, passando fome”.

O senador lembrou que, durante a campanha eleitoral, cidadãos foram proibidos de mencionar a ligação entre Lula e Maduro, que agora é mostrada de forma escancarada pelo presidente. Ele disse: “tudo isso foi proibido de se falar durante a campanha. O TSE proibiu que o povo brasileiro recebesse essa relação antiga entre o Presidente Lula e Nicolás Maduro, o ditador, assim como o ditador, também, da Nicarágua, Daniel Ortega, que persegue cristãos, que fecha emissoras, que faz todo tipo de barbaridade contra os seus opositores”.

O assédio à juíza Ludmila Lins Grilo é parte de um assédio a um grupo de pessoas, tratadas como sub-humanos e cidadãos com menos direitos, por manifestarem suas opiniões livremente e por apoiarem o ex-presidente Jair Bolsonaro. Medidas arbitrárias são tomadas contra essas pessoas, que têm seus direitos e garantias fundamentais desrespeitados. 

A Folha Política já teve sua sede invadida e todos os seus equipamentos apreendidos, no âmbito de um inquérito do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que foi posteriormente arquivado por falta de indícios de crime. Atualmente, o jornal tem toda a sua renda confiscada a mando do ministro Luís Felipe Salomão, ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, com o apoio e o louvor dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. Salomão também foi o relator do processo do CNJ que afastou a juíza Ludmila Lins Grilo, e é considerado candidato ao STF, a ser nomeado por Lula. Há mais de 22 meses, todos os rendimentos do jornal estão sendo retidos sem justificativa jurídica. 

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