O senador Marcos do Val subiu à tribuna e leu, em plenário, o relatório da Agência Brasileira de Inteligência que mostra as comunicações entre agentes públicos no dia 8 de janeiro e nos dias anteriores. Antes mesmo de ler, Do Val explicou que o relatório iria “deixar claro que até o STF sabia que ia acontecer”.
Marcos do Val explicou que o relatório de inteligência contém as transcrições de todas as mensagens de alerta enviadas pela Abin de 2 a 8 de janeiro para 48 órgãos públicos, inclusive o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral. O senador disse: “Tais mensagens, como acabo de relatar, foram enviadas ao alto escalão da República e alertaram, antecipadamente, sobre os preparativos para as manifestações, inclusive com informações sobre incitação a ações violentas com uso de armas. Está claro, portanto, que os órgãos federais, tais como o Ministério da Justiça do Flávio Dino, o Gabinete de Segurança Institucional do então Ministro G. Dias e STF e TSE, do Ministro Alexandre de Moraes, foram devida e tempestivamente avisados da gravidade do que estava por acontecer”. Ele acrescentou: “diante desse documento, não há mais como o Governo Federal esconder a omissão dessas autoridades que tinham o dever de proteger o patrimônio e as instituições públicas”.
O senador leu as mensagens que comunicavam, com antecedência, sobre os riscos, e questionou a omissão dos órgãos do governo Lula, do próprio presidente, e do Judiciário. Ele disse: “Eu só vou encerrar com uma fala importantíssima de Ulysses Guimarães, em que ele diz o seguinte, no discurso que ele deu quando foi promulgada a nossa Constituição: "Traidor da Constituição é traidor da Pátria. Conhecemos o caminho maldito. Rasgar a Constituição, trancar as portas do Parlamento, garrotear a liberdade, mandar os patriotas para a cadeia, o exílio e o cemitério (...)". Assim falou Ulysses Guimarães, e eu encerro aqui. (...) Volto a afirmar que o Ministro da Justiça, o Ministro G. Dias e o Ministro Alexandre de Moraes sabiam que ia ter essa depredação, esse ato antidemocrático, e deixaram acontecer. É gravíssimo”.
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