O ex-presidente Jair Bolsonaro concedeu uma entrevista coletiva pouco antes do início do julgamento no TSE que pode torná-lo inelegível. Bolsonaro iniciou lamentando o falecimento de Alysson Paolinelli, que ele sempre homenageou por seu trabalho no desenvolvimento do agronegócio brasileiro.
Sobre o julgamento de hoje, Bolsonaro disse: “não pode ser um tabu no Brasil você discutir certos assuntos”. O ex-presidente lembrou que figuras proeminentes da esquerda falaram as mesmas coisas que ele disse sobre o sistema eleitoral, e isso nunca foi visto como crime quando feito pela esquerda. Bolsonaro citou José Dirceu e Carlos Lupi, lembrando que Lupi, autor da ação que está sendo julgada hoje, é ministro de Lula. Bolsonaro apontou: “Para alguns, é crime duvidar”.
O ex-presidente citou o PCO, que reconheceu que o julgamento no TSE é “totalmente político”, e o jornalista Alexandre Garcia, que relatou que os embaixadores que participaram da reunião com Bolsonaro não viram nada de irregular na apresentação. Bolsonaro lembrou ainda que o ministro Edson Fachin também se reuniu com embaixadores, e questionou: “qual é o problema em apresentar propostas para aperfeiçoar a alma da democracia e dar à população a garantia de que as eleições foram transparentes e seguras? ”
Questionado sobre uma “bala de prata”, Bolsonaro disse que isso seria para o futuro. Ele afirmou: “bala de prata é para o futuro, se porventura acontecer aquilo que eu espero que não aconteça. Eu ainda conto com a isenção dos integrantes do TSE”. Sobre as próximas eleições, o ex-presidente disse: “Pretendemos disputar as eleições e ganhá-las”.
Bolsonaro acrescentou: “Infelizmente, o Brasil não está bem das pernas, em todos os aspectos. A política externa está sendo um desastre. A economia está afundando. A Volkswagen vai deixar de produzir no Brasil. Há poucos dias, a indústria de brinquedos demitiu 8 mil pessoas. Estou vendo lojas fechando. Dinheiro nosso indo pra fora. Compra de imóveis por brasileiros está aquecida nos EUA. O pessoal mandando dinheiro para fora, isso é péssimo pra gente”.
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e pessoas que apenas têm um discurso diferente do imposto pelo cartel midiático vêm sendo perseguidos, em especial pelo Judiciário. Além dos inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, também o ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, criou seu próprio inquérito administrativo, e ordenou o confisco da renda de sites e canais conservadores, como Bárbara, do canal Te Atualizei, e a Folha Política. Toda a receita de mais de 23 meses do nosso trabalho está bloqueada por ordem do TSE, com aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin.
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