domingo, 20 de agosto de 2023

Deputado Manzoni aponta ‘estranhas coincidências’ de atos em Brasília, questiona inquéritos na CPI e envia forte mensagem: ‘Não vão se render ao medo’


Durante sessão da CPI do Distrito Federal que investiga os atos do dia 8 de janeiro, o deputado distrital Thiago Manzoni apontou uma série de inconsistências nas narrativas relativas aos atos anteriores ao 8 de janeiro, que vêm sendo explorados pela esquerda na CPI do DF e também na CPMI. 

O deputado lembrou que há muitas provas de que os atos do dia 12 de dezembro não envolviam as pessoas que participavam do acampamento em frente ao QG de Brasília. E apontou uma longa série de estranhas “coincidências” em torno dos eventos ocorridos no dia 12. Manzoni disse: “São tantas coincidências nesses acontecimentos, que eu não acredito que são coincidências. Então, a gente tem o Wellington hospedado na rede hoteleira de Brasília. Aí, a gente tem que acreditar que, por uma coincidência, naquele dia 12, que era o dia da diplomação do presidente Lula, a polícia federal resolveu  prender o índio, o indígena, sem avisar as forças de segurança do Distrito Federal. E aí o índio foi preso, por coincidência, nesse dia 12, dia em que o Lula ia ser diplomado. E aí, essas pessoas, entre elas o Wellington, que estava hospedado na rede hoteleira, decidem ir para o prédio da Polícia Federal cometer atos de vandalismo. Também por coincidência, começaram a usar táticas conhecidas por todo o Brasil, utilizadas pelos black blocs (...). É muita coincidência para ser coincidência”. 

O deputado explicou que, entre as coincidências, há ainda o suposto plano de bomba, no qual, por coincidência, os acusados foram as próprias pessoas que avisaram à polícia. Thiago Manzoni disse: “Rapaz, que história. Mas a gente tem que acreditar… é um negócio fora do comum”. 

O deputado Thiago Manzoni questionou a testemunha sobre como a polícia civil classificou os atos como tentativa de golpe, ou atentado às instituições, e comparou com outros eventos em que a esquerda promoveu a invasão e depredação de prédios públicos, inclusive com a intenção de ali permanecer. O deputado também apontou que as técnicas observadas no dia 12 são características de atos dos black blocs, da esquerda, e foram utilizadas por eles em diversas ocasiões. As mesmas técnicas nunca foram utilizadas em manifestações da direita. 

O deputado disse: “As táticas utilizadas no dia 12 de dezembro são idênticas às utilizadas pelos black blocs. Não precisa ser delegado de polícia, basta observar”. Ele comparou com as manifestações da direita: “Esses nunca quebraram nada. Eu sei porque eu estava lá em quase todas as manifestações. Levei meus filhos, levei minha esposa. Meu pai foi. Os avós dos meus filhos foram. São pessoas honestas, dignas, trabalhadoras. Nunca arremessaram uma pedra. Nunca usaram uma barra de ferro para destruir nada. Nunca invadiram nada”.

Manzoni afirmou: “Aliás, eu condeno as invasões. Condeno as depredações, também. Quem cometeu crime tem que responder pelos crimes que cometeu. Mas a maioria esmagadora das pessoas que passaram por aquele quartel são pessoas que estavam rezando mesmo. É verdade. Teve gente que errou e cometeu crime? Teve. Tem que responder pelos crimes que cometeu. Mas eu ficaria muito feliz se a justiça desse a eles o mesmo tratamento que deram aos outros que invadiram. Houve invasão de ministério depois de 2015. Quem fez a invasão foi a esquerda. Tentativa de invadir o Supremo também foi a esquerda. As invasões nesta Casa aqui, o acampamento que foi feito aqui, foi da esquerda. Eu gostaria muito que a justiça tratasse de igual modo pólos políticos opostos. Idéias opostas. Aliás, esse é o conceito de estado de direito - todos são iguais perante a lei”.

O deputado lembrou que o “general do Lula” se omitiu e mentiu à CPI, e comemorou o fato de ele ter sido incluído em um inquérito. O deputado disse: “se essa investigação for efetuada a contento, imagino que a gente vai descobrir quem mais se omitiu. (...) Eventualmente, pode ser que  investigação conduza ao ministro Flávio Dino”. O deputado lembrou que o ministro do Lula, inicialmente, se negou a apresentar as imagens solicitadas pela CPMI e depois só entregou as imagens de duas câmeras, e disse torcer para que ele seja investigado, acrescentando: “não sei onde vai dar, mas espero que seja investigado, porque não é justo que apenas alguns paguem pelos atos comissivos e omissivos de muitos. Não é justo que centenas de pessoas tenham sua liberdade tolhida durante meses, enquanto aqueles que tinham o poder de evitar o que aconteceu não o fizeram e continuam sem responder pelos atos que cometeram”. 

O deputado lembrou a importância do jornalismo para as investigações, exemplificando com a divulgação das imagens do interior do palácio do Planalto e, depois, das mensagens do “general do Lula”. Manzoni lembrou: “ainda há jornalismo vivo no Brasil, jornalismo livre no Brasil, que tem coragem, que assume o risco, de publicar uma matéria que é contra o governo. Aliás, se a imprensa não serve para publicar coisas que incomodem governos, talvez ela perca até sua razão de existir”.

Thiago Manzoni concluiu dizendo: “terminei minha fala dizendo que não há injustiça que dure pra sempre. Termino hoje dizendo que o medo não vai prevalecer. Há sentimentos, há valores, há princípios que são mais fortes que o medo. E quem não entende essas velhinhas, esses senhores que têm coragem de lutar pelo que acreditam, é porque não entende o significado da palavra amor. Essas pessoas estão lutando por aquilo que elas amam e é por isso que elas não vão se render ao medo”.

No contexto atual do Brasil, muitas pessoas estão sendo tratadas como sub-cidadãos, pelo simples motivo de terem manifestado apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Por expressarem suas opiniões, são alvo de CPIs, de inquéritos secretos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, ou são vítimas de medidas arbitrárias como prisões políticas, apreensão de bens, e exposição indevida de dados, entre outras. Para esses “sub-cidadãos”, não há direitos humanos, garantias fundamentais ou devido processo legal. 

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