terça-feira, 15 de agosto de 2023

Senador Marcos Rogério deixa fotógrafo convocado sem palavras na CPMI: ‘qual o valor de um flagrante preparado?’


Durante a sessão da CPMI do dia 8 de janeiro, o senador Marcos Rogério questionou o fotógrafo da Reuters, Adriano Machado, que foi filmado interagindo com os invasores no interior do palácio do Planalto. O senador questionou o fotógrafo sobre a ausência de proteção aos prédios e sobre a localização da Força Nacional, já que o fotógrafo havia dito que viu a Força no ministério da Justiça no início da tarde. 

O senador questionou: “o senhor disse que nunca tinha visto, em sua trajetória, o que viu naquele dia. Nunca tinha visto o quê? (...) O que o senhor nunca tinha visto antes?”. O senador questionou ainda se o fotógrafo, em sua longa experiência, já tinha visto tamanha facilidade na entrada para o palácio do Planalto. 

Marcos Rogério lembrou que a fotografia que rodou o mundo, utilizada para caracterizar o dia 8 como um ato “golpista”, foi a imagem captada pelo fotógrafo, no momento que foi registrado por câmeras. Ele disse: “A cena clássica é aquela cena da porta. E ali verificamos 3 fases - preparação, execução, checagem. O agressor criminoso se posiciona, espera sua preparação e executa sua ação”. O senador apontou que o vídeo não mostra um ambiente tenso e agressivo. Ele disse: “A imagem mostra um clima tranquilo e, de certa maneira, até colaborativo. Eles olham as imagens e me parece mais escolherem imagens, escolherem ângulos, do que qualquer outra coisa”. 

O senador afirmou: “aquela imagem que rodou o mundo para caracterizar o “movimento golpista” saiu da câmera de V. Sa. Então, não faz sentido o argumento que V. Sa. apresentou nesta CPI”. Marcos Rogério afirmou: “a versão não combina com os fatos. Ela é desmentida pelos fatos”. 

Após o fotógrafo apresentar uma versão em que ele não teria sido visto pelos invasores, o senador disse: “as cenas que nós vimos demonstram o contrário”. O fotógrafo, então, pareceu ficar sem palavras quando o senador perguntou: “qual o valor de um flagrante preparado?”. O senador repetiu a pergunta: “Qual o valor que se atribui a um flagrante preparado? O valor probatório, o valor histórico, de um flagrante preparado?”. Após o fotógrafo responder que considera que não há nenhum valor, Marcos Rogério acrescentou: “Foi isso que nós vimos naquela cena da porta: um flagrante preparado”. 

Enquanto jornalistas da imprensa conservadora independente são abertamente perseguidos e sofrem todo tipo de “medida cautelar” no bojo de inquéritos políticos, o fotógrafo da Reuters, embora estivesse no interior do palácio do Planalto interagindo com invasores, não foi sequer ouvido como testemunha.

Da mesma forma, até o momento, o general G. Dias não foi preso, não teve seu passaporte apreendido, nem suas contas bloqueadas, nem seus bens ou sua renda apreendidos. Essas “medidas cautelares” são reservadas a conservadores, que podem sofrer qualquer uma, ou várias, delas sem qualquer indício de crime, sem direito à defesa, nem acesso ao devido processo legal. Quando aplicadas a conservadores, as “medidas cautelares” podem perdurar pelo tempo que desejar o senhor ministro que determina sua aplicação, ainda que as pessoas não tenham foro privilegiado e não estejam, portanto, sujeitas à jurisdição das cortes superiores. 

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e pessoas que apenas têm um discurso diferente do imposto pelo cartel midiático vêm sendo perseguidos, em especial pelo Judiciário. Além dos inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, também o ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, criou seu próprio inquérito administrativo, e ordenou o confisco da renda de sites e canais conservadores, como Bárbara, do canal Te Atualizei, e a Folha Política. Toda a receita de mais de 25 meses do nosso trabalho está bloqueada por ordem do TSE, com aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. 

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