sábado, 23 de setembro de 2023

Deputado Filipe Barros mostra envolvimento do governo Lula no dia 8 de janeiro: ‘tudo não passou de uma grande construção de narrativa’


Durante sessão da CPMI que deveria investigar os atos do dia 8 de janeiro, o deputado Filipe Barros expôs fatos que foram revelados pela Comissão mas não estão sendo considerados pela relatora, senadora Eliziane Gama, e pelos lulistas da comissão, que se dedicam a reproduzir a narrativa do governo e a perseguir adversários políticos. 

O deputado iniciou lembrando fatos históricos, exibindo vídeos da extrema-esquerda fazendo abertos chamados à violência contra opositores políticos. Filipe Barros disse: “os ‘defensores da paz’, os ‘defensores da democracia’ defendem ditaduras”. Ele mostrou vídeos de Lula dizendo que iria “extirpar” os adversários e apontou: “Portanto, não têm moral alguma os governistas desta CPMI para defender ou para dizer que defendem democracia, que defendem a paz, que defendem a naturalidade democrática”. 

O deputado Filipe Barros resumiu alguns dos fatos revelados pela CPMI, mostrando que, desde a transição, o governo Lula tinha informações sobre os acampamentos e sabia que estavam se esvaziando, assim como sabia que outras pessoas iriam a Brasília com a intenção de invadir os prédios. 

Ele lembrou: “O General Dutra disse aqui na semana passada que, próximo ao dia 5, 6, poucas pessoas estavam nos acampamentos, mas, a partir do dia 5, a Abin começa a informar a diversos órgãos que aconteceriam manifestações com invasão de prédios públicos. Existe um informe da Abin, salvo engano, do dia 6 de janeiro, dizendo categoricamente que o Congresso Nacional seria invadido, mas, por incrível que pareça, esse informe da Abin não foi mandado para os representantes do Congresso Nacional, mas a Abin produziu esse tipo de inteligência. O General Dias recebeu no seu celular pessoal todos esses informes. O General G. Dias, que era o responsável pela segurança do Palácio do Planalto, sabia que aconteceriam manifestações com invasão de prédios públicos e nada fez”.


O deputado expôs também revelações das mensagens do ex-diretor da Abin: “o Ministério da Justiça estava sabendo do que ia acontecer, Senadora Eliziane Gama e bancada do Maranhão desta CPMI. Está aqui a mensagem: "Recomendo conseguir um espaço com algum figurão do [...] [Ministério da Justiça] ou [com a] assessoria do [Ministro] Alexandre de Moraes [...] [e] entregar o trabalho todo. O Ministério da Justiça já estava sabendo". Mensagens do Saulo Cunha com o Leonardo Singer, que estão em posse desta CPMI. Aliás, o Ministério da Justiça já sabia, tanto é que convocou a Força Nacional; convocou a Força Nacional, que, por incrível que pareça, no dia 8 nada fez”.

Barros rebateu a alegação de que a Força Nacional não agiu por falta de autorização do governo do Distrito Federal, dizendo: “Não precisam de autorização do Governador para proteger o prédio do Palácio do Planalto, para proteger o prédio do Supremo Tribunal Federal, para proteger o prédio do Congresso Nacional”. Ele acrescentou: “Parece-me que tudo não passou... se passou, Sr. Presidente e Relatora, de uma construção de narrativa”. 

O deputado mostrou imagens da Esplanada e disse: “Essas câmeras, Sr. Presidente... foi uma das duas câmeras que o Ministério da Justiça disponibilizou para esta Comissão em descumprimento à totalidade do requerimento. Mas prestem atenção a esse horário. Ali em cima, consta o horário: 18h34min, aproximadamente. Às 18h34min, esse era o cenário, Senadora Eliziane Gama, na Esplanada dos Ministérios. Às 18h36min - olha, mesmo horário -, estava acontecendo exatamente isso que vocês estão vendo no telão. Nesse mesmo horário, o Senador Randolfe Rodrigues, Sr. Presidente, peticiona ao Supremo Tribunal Federal, com a narrativa toda pronta. O Senador Randolfe Rodrigues peticiona ao Ministro Alexandre de Moraes, pedindo o afastamento de Anderson Torres e colocando toda a culpa exclusivamente na Polícia Militar do Distrito Federal”.

O deputado questionou: “Eu pergunto, como, às 18h36min, com essa cena que nós estávamos vendo ali, o Senador Randolfe Rodrigues já tinha a conclusão de tudo? O Senador Randolfe Rodrigues peticiona - e a petição está aqui na minha mão - ao Ministro Alexandre de Moraes, dizendo: "A culpa é da Polícia Militar do Distrito Federal. Afaste imediatamente o Secretário Anderson Torres". A população estava ali toda invadindo naquele momento, mas o Senador Randolfe Rodrigues, Líder do Governo, já tinha a conclusão de tudo”.

O deputado mostrou que as pessoas ligadas às omissões que permitiram a invasão dos prédios públicos foram promovidas, protegidas, ou ajudadas pelo governo Lula. Ele disse: “Então, Sr. Presidente, cada vez mais, eu chego à conclusão de que tudo não passou de uma grande construção de narrativa, em que o Governo disse: Deixem entrar! Deixem invadir, porque nós teremos lucros políticos em decorrência das invasões”. 

Até o momento, o general G. Dias não foi preso, não teve seu passaporte apreendido, nem suas contas bloqueadas, nem seus bens ou sua renda apreendidos. Essas “medidas cautelares” são reservadas a conservadores, que podem sofrer qualquer uma, ou várias, delas sem qualquer indício de crime, sem direito à defesa, nem acesso ao devido processo legal. Quando aplicadas a conservadores, as “medidas cautelares” podem perdurar pelo tempo que desejar o senhor ministro que determina sua aplicação, ainda que as pessoas não tenham foro privilegiado e não estejam, portanto, sujeitas à jurisdição das cortes superiores. 

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e pessoas que apenas têm um discurso diferente do imposto pelo cartel midiático vêm sendo perseguidos, em especial pelo Judiciário. Além dos inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, também o ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, criou seu próprio inquérito administrativo, e ordenou o confisco da renda de sites e canais conservadores, como Bárbara, do canal Te Atualizei, e a Folha Política. Toda a receita de mais de 26 meses do nosso trabalho está bloqueada por ordem do TSE, com aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. 

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