Durante sessão do plenário da Câmara dos Deputados, enquanto várias frentes parlamentares promoviam a obstrução das votações para exigir uma reação ao Supremo Tribunal Federal, deputados explicaram aos lulistas a necessidade de defender e fazer valer as prerrogativas do Congresso Nacional e não esvaziá-lo como vem ocorrendo.
O deputado Cabo Gilberto Silva apontou: “A população brasileira está acompanhando o que está acontecendo. O nosso telefone não para. O povo está entendendo o que estamos fazendo”. Ele questionou como os lulistas podem defender uma ditadura enquanto falam em “democracia” e disse: “é sério o que está acontecendo no Brasil. O avanço do Judiciário contra o Parlamento está esvaziando as nossas prerrogativas. E V.Exas. ficam fazendo cara de paisagem como se nada estivesse acontecendo”.
Cabo Gilberto Silva alertou que, enquanto os lulistas fazem cara de paisagem, a população está questionando se o Congresso Nacional ainda tem alguma função. Ele disse: “Para que Congresso Nacional se o STF está legislando? E falaram agora, para acabar de desmoralizar todo o Congresso Nacional: "Nós estamos fazendo o que o Parlamento brasileiro não tem coragem de fazer". Chamaram os 594 Deputados e Senadores de covardes. Essa é a realidade”.
O deputado Gilson Marques, por seu turno, lembrou que a população, antes de votar, quer saber o posicionamento dos candidatos sobre os temas que considera importantes, mesmo havendo legislação a respeito. Ele questionou: “Como é possível; como será, nas eleições daqui em diante, quando o eleitor comum, que é a grande maioria, fizer questionamentos para o candidato perguntando dessas grandes pautas? Ele vai dizer que não importa, porque não importa o que ele pensa. É o STF que decide. Essa é a realidade”.
O deputado Carlos Jordy lembrou: “gostaria de falar aqui com todos os Deputados que sabem da importância de defendermos as nossas prerrogativas. É o momento de nos unirmos para pressionar o Congresso Nacional para que possamos reivindicar uma resposta frente a todos os abusos, a todos os "tratoraços" que estão sendo cometidos pelo Supremo Tribunal Federal. O STF já foi longe demais, está legislando sobre drogas, aborto, marco temporal e volta do imposto sindical, imiscuindo-se na atividade parlamentar”. Ele fez um apelo: “eu digo a todos os Deputados que têm noção da importância deste momento em que nós engrossamos aqui um coro de obstrução: não votem! O PL e o NOVO entram em obstrução. Aqueles que querem restabelecer as nossas prerrogativas parlamentares e que querem ver cessarem esses abusos de autoridade não votem, e já estarão ajudando na obstrução”.
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