Durante a sessão que votou o “relatório” apresentado pela senadora governista Eliziane Gama na CPMI que deveria ter investigado os atos do dia 8 de janeiro, o senador Jorge Seif Jr. se indignou com a relatora e relembrou uma série de fatos que foram revelados ao longo da CPMI e que a relatora omitiu propositalmente de seu relatório.
O senador lembrou que o governo Lula se opôs ferozmente à instalação da CPMI e, quando esta se tornou inevitável, manobrou para conseguir a nomeação da senadora Eliziane Gama na relatoria, e que essa nomeação veio acompanhada de cargos para familiares da senadora.
Seif lembrou ainda ações do ministro Flávio Dino, que não foi indiciado pela relatora, de quem é aliado. Seif se exaltou ao ler a sequência de fatos envolvendo o ministro: “Flávio Dino tuíta às 15h43 de 8 de janeiro: "Estou na sede do Ministério da Justiça", indignado. Um homem que é Ministro da Justiça e tinha mais de 280 homens debaixo dele, indignado. Frouxo! Covarde! Flávio Dino não aciona a Força Nacional para conter a destruição. Mais de 200 homens parados, observando, sob seu comando. "Flávio Dino destrói as imagens do Ministério da Justiça no 8 de janeiro." "Governo Lula coloca sigilo às imagens do Planalto."”O senador enfatizou que o ministro não foi indiciado, mas oficiais da Polícia Militar que arriscaram suas vidas para defender o patrimônio público foram.
O senador Jorge Seif Jr. lembrou ainda que a CPMI encontrou mensagens que mostram que o gabinete da relatora Eliziane Gamas combinou perguntas com o “general do Lula”, que também não foi indiciado apesar de amplas provas de sua omissão. Ele disse: “"Sem ouvir Força Nacional, sem ouvir Ministro da Justiça e com destruição e obstrução de provas, CPMI encerra suas investigações, protegendo membros do Governo Federal, isentando o GSI, isentando o MJ e isentando a Força Nacional." Que vergonha. Que vergonha. "Presidente Jair Bolsonaro e Anderson Torres [a 6 mil quilômetros daqui – 6 mil!] são indiciados." O cara nem aqui estava”.
Dirigindo-se à senadora Eliziane, Seif alertou: “Senadora, nós sempre temos dois caminhos, o Senhor nos dá essa opção: verdade ou mentira; golpe ou vandalismo; benção ou maldição; Cristo ou Barrabás. E esse relatório que a senhora apresenta é recheado de mentiras, que condena inocentes e inocenta condenados. Relatório de injustiça, relatório de mentira! E sabemos – a senhora sabe, como eu sei – quem é o pai da mentira. Relatório, Sra. Senadora, que é trapo de imundícia – a senhora sabe, porque a senhora conhece a palavra – e que nem para esterco pode ser comparado, porque o esterco ainda serve de adubo.E quero dizer para a senhora, como seu irmão: injustiça cobra preço, e um preço alto. E eu não preciso bloquear comentário nas minhas redes sociais, tampouco eu sou hostilizado na minha igreja. E o povo, nossos irmãos do Maranhão, esses lhe responderão nas urnas, eu tenho certeza”.
O senador lembrou o esforço da oposição para desvendar os fatos e disse: “Nós cumprimos uma missão. E hoje o Brasil sabe absolutamente toda a verdade. E relatório nenhum que fede a enxofre vai retirar isso do povo brasileiro”.
Mesmo com tudo o que a CPMI revelou, o general G. Dias não foi preso, não teve seu passaporte apreendido, nem suas contas bloqueadas, nem seus bens ou sua renda apreendidos. Essas “medidas cautelares” são reservadas a conservadores, que podem sofrer qualquer uma, ou várias, delas sem qualquer indício de crime, sem direito à defesa, nem acesso ao devido processo legal. Quando aplicadas a conservadores, as “medidas cautelares” podem perdurar pelo tempo que desejar o senhor ministro que determina sua aplicação, ainda que as pessoas não tenham foro privilegiado e não estejam, portanto, sujeitas à jurisdição das cortes superiores.
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e pessoas que apenas têm um discurso diferente do imposto pelo cartel midiático vêm sendo perseguidos, em especial pelo Judiciário. Além dos inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, também o ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, criou seu próprio inquérito administrativo, e ordenou o confisco da renda de sites e canais conservadores, como a Folha Política. Toda a receita de mais de 27 meses do nosso trabalho está bloqueada por ordem do TSE, com aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin.
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