sábado, 23 de dezembro de 2023

Embaixador Ernesto Araújo alerta para como o Brasil estaria entrando na fase ‘jinpingiana’ de implantação do Comunismo


Em transmissão ao vivo, o embaixador Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores, apontou como o Brasil pode estar entrando em uma fase “jinpingiana” de implantação do Comunismo. 

Contestando alegações abstratas e arcaicas, segundo as quais o Comunismo só seria implementado em uma sociedade com a abolição completa da propriedade privada, o diplomata ressaltou que, por meio de domínio das instituições, do esgarçamento institucional, do “capitalismo de laços” e da criação de dependência dos cidadãos e dos empresários diante do Estado, bem como mediante o controle absoluto e ilegal sobre a propriedade privada, é abolido o Estado de Direito e passa a viger um sistema comunista no molde chinês - com todas as atividades sociais submetidas a um ostensivo poder político.

O ex-ministro explicou: “Nesse processo, a iniciativa privada vai para o beleléu. Nesse processo, a iniciativa privada é cada vez mais desincentivada, e ela só sobrevive na medida em que o empresário seja amigo dos políticos. Então, o famoso ‘capitalismo de laços’ é a nossa maneira, de certa forma, de implementar o socialismo. Você inviabiliza a pequena empresa, inviabiliza a pequena iniciativa. Você torna o cidadão dependente do auxílio estatal ou da regulamentação estatal para praticamente tudo”.

Dessa forma, Ernesto Araújo prosseguiu: “O cidadão médio, cada vez mais, é aquele cidadão que recebe os auxílios estatais para poder continuar vivo. Isso é uma economia socializada. E aquele que por acaso trabalha numa empresa, essa empresa vai ser uma empresa que provavelmente só sobreviverá se for uma empresa que consiga, através das suas conexões políticas, um monopólio em algum setor ou em alguma área do país”.

Nesta toada, ele advertiu para o engodo de crer que não há um sistema comunista sendo implantado em razão da existência de um “verniz” capitalista: “Essa estrutura, com uma cara capitalista, mais ou menos, mas esse verniz capitalista está cada vez mais fininho e por baixo surge, aí, a figura terrível do socialismo”.

Ademais, o embaixador voltou a salientar o caso chinês: “O projeto do comunismo não depende exclusivamente do socialismo. É o que a China está mostrando. A China relativizou vários elementos. O socialismo stricto sensu tem um pouco de propriedade privada, mas a propriedade privada é condicionada ao processo político. É condicionada, no fim das contas, ao Partido Comunista Chinês, que continua sendo o partido único, portanto, continua na prática, sendo socialista e rumando para o comunismo”.

Dessa forma, Ernesto Araújo advertiu para a destruição da liberdade dos brasileiros: “E todo o processo é concebido numa dinâmica marxista leninista, de desaparecimento e destruição progressiva das liberdades democráticas, dos instrumentos democráticos e de exercício da violência por uma classe sobre a outra. Então, isso caracteriza uma espécie de ditadura, que não é uma ditadura qualquer. Uma sociedade que será uma sociedade do poder total introjetado nas pessoas”.

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