quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Jurista Ives Gandra Martins rebate Lula e Alexandre de Moraes: ‘quando se elimina a liberdade de expressão, está se eliminando a democracia’


Em vídeo divulgado pelas redes sociais, o jurista Ives Gandra Martins rebateu as falas do presidente Lula e do ministro Alexandre de Moraes na celebração que promoveram um ano após as prisões em massa promovidas pelo ministro. O jurista apontou que até o jornal Folha de São Paulo, que era favorável ao evento, reconheceu que os discursos do presidente e do ministro “ameaçam o direito de expressão” e aproveitaram a cerimônia para tentar impor controles à liberdade de expressão. 

O jurista apontou: “se nós analisarmos os governos de esquerda da atualidade, por exemplo. Só é possível, na Venezuela, falar de acordo com o que pensa o Maduro. É um regime de esquerda. Só é possível, na Nicarágua, falar de acordo com o que diz o ditador Ortega. Na Rússia, jornalistas estão sendo presos e alguns desaparecem (...) Na China, que é uma ditadura comunista, também não se pode fazer nenhuma manifestação contrária”.

Ives Gandra Martins mostrou que as posições expressas por Lula e por Alexandre de Moraes são as posições típicas de ditadores, e alertou sobre o contraste entre o jurista Alexandre de Moraes e o ministro Alexandre de Moraes. Ele disse: “O presidente Lula diz que é comunista com muito orgulho. O presidente Lula disse que se orgulhou de colocar um comunista no Supremo. (...) “vamos controlar, porque é democrático quem pensar exatamente igual a mim”. Quando, na verdade, na democracia, o que se tem que ter é o diálogo de oposições, de discussões entre correntes opostas. Isso de dizer “vou controlar aquilo que não me agrada”.  E o que é pior: se nós lermos os livros do ministro Alexandre de Moraes, os comentários que faz ao art. 220 da Constituição, ele defende como absolutamente inconstitucional qualquer limitação à liberdade de expressão. Há uma divergência entre o pensamento do ministro Alexandre de Moraes e do jurista Alexandre de Moraes, nos livros que escreveu antes de ser ministro”.

O jurista disse: “Eu tenho a sensação de que o que é mais importante em uma democracia é a liberdade de expressão”. Ele explicou: “quando se elimina a liberdade de expressão está se eliminando a democracia”. Ives Gandra lembrou que o Instituto V-Dem, da universidade de Gotemburgo, na Suécia, reconhece que o Brasil não é uma democracia, considerando a ausência de liberdade de expressão. 

Ives Gandra Martins discordou de Lula e Alexandre de Moraes e afirmou: “Creio que a única forma de mudarmos o país e termos novamente liberdade é utilizar a melhor das armas (...) A melhor arma para a democracia é a palavra. E eu gostaria que mais pessoas, mais jornalistas, mais jornais também defendessem a liberdade de expressão. Essa é a melhor forma de defendermos a democracia. Não são armas. Não é protesto. Não é pedir a forças armadas que nunca entrariam. É usarmos os instrumentos democráticos, e o melhor deles, indiscutivelmente, é a palavra”. 

O jurista explicou: “Não ficar um, dois ou três falando, mas que a comunidade intelectual do país, a comunidade trabalhadora do país, a comunidade que deseja uma democracia plena no país, use da palavra, para pedir o direito ao debate, ao diálogo, a ideias opositoras, a teses não abrangentes, e que nós consigamos, efetivamente, restabelecer o que eu chamo a ampla democracia. E poder dizer à  universidade de Gotemburgo na Suécia, ao  Instituto V-Dem, que ‘o Brasil hoje é uma verdadeira democracia, porque temos liberdade de expressão e não temos presos políticos’”. 

A censura que vem se intensificando no Brasil atinge unicamente conservadores e já causou o fechamento de alguns veículos de imprensa. Mas a perseguição não se limita à censura e inclui muitas outras medidas, inclusive prisões políticas, devassas, buscas e apreensões, ass*** de reputações, entre outras. 

Grupos monopolísticos e cartéis que se associam com o intuito de barrar informações contrárias ou inconvenientes atuam em conluio com a finalidade de aniquilar qualquer mídia independente, eliminando o contraditório e a possibilidade de um debate público amplo, honesto, abrangendo todos os feixes e singularidades dos mais diversos espectros políticos. Controlando as informações, o cartel midiático brasileiro tenta excluir do debate e, em última instância, da vida pública, os conservadores e os veículos que dão voz a essas pessoas. 

A Folha Política tem toda sua receita gerada desde 1º de julho de 2021 confiscada por uma ‘canetada’ do ministro Luis Felipe Salomão, ex-corregedor do TSE, com o aplauso e o respaldo dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. Há mais de 30 meses, toda a nossa receita é retida, sem justificativa jurídica. 

Anteriormente, a Folha Política teve sua sede invadida e TODOS os seus equipamentos apreendidos, a mando do ministro Alexandre de Moraes. Mesmo assim, a equipe continuou trabalhando como sempre, de domingo a domingo, dia ou noite, para trazer informação sobre os três poderes e romper a espiral do silêncio imposta pela velha imprensa, levando informação de qualidade para todos os cidadãos e defendendo os valores, as pessoas e os fatos excluídos pelo mainstream, como o conservadorismo as propostas de cidadãos e políticos de direita.

Se você apoia o trabalho da Folha Política e pode ajudar a evitar que o jornal seja fechado pela ausência de recursos para manter sua estrutura, cumprir seus compromissos financeiros e pagar seus colaboradores, doe por meio do PIX cujo QR Code está visível na tela ou por meio do código ajude@folhapolitica.org. Caso não utilize PIX, há a opção de transferência bancária para a conta da empresa Raposo Fernandes disponível na descrição deste vídeo e no comentário fixado no topo.

A Folha Política atua quebrando barreiras do monopólio da informação há 10 anos e, com a sua ajuda, poderá se manter firme e continuar a exercer o seu trabalho. PIX: ajude@folhapolitica.org

Toda a renda gerada pelo nosso jornal por mais de 30 meses está confiscada por ordem do TSE. Ajude a Folha Política a continuar o seu trabalho. Doe por meio do PIX: ajude@folhapolitica.org  


Depósitos / Transferências (Conta Bancária): 

Banco Inter (077)

Agência: 0001

Conta: 10134774-0

Raposo Fernandes Marketing Digital LTDA (Administradora da Folha Política)

CNPJ 20.010.215/0001-09

-

Banco Itaú (341)

Agência: 1571

Conta: 10911-3

Raposo Fernandes Marketing Digital LTDA (Administradora da Folha Política)

CNPJ 20.010.215/0001-09


Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário :

Postar um comentário